quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lições de uma Contadora de Histórias - 1º Parte

"Era uma vez , assim vai começar esta linda história que eu agora vou contar...
Era uma vez uma professora que contava histórias trocando seu tempo por experiências e encantamento, falava de aventuras, heróis, príncipes e princesas. O tempo foi passando e as coisas foram mudando, as pessoas não eram mais as mesmas e parecia que as crianças também não eram as mesmas e a professora parou de contar histórias porque precisava cumprir o programa e histórias passou a ser perda de tempo, também com tanto vídeo game, DVD, TV, Internet, não sobrava tempo.

Aquela professora alegre, leve, começou a sentir o peso desse tempo ficando com as costas arqueadas e com uma expressão de quem perdeu o "poder". E foi num desses dias de desânimo que eu a encontrei e sem que lhe dirigisse a palavra ela começou a me dar lições dizendo que era chegada a hora de olharmos para dentro de nós mesmos e buscar um sentido para nossa existência e que eu não devia deixar que esse mundo frenético, violento, apressado me contaminasse, porque ela me tornaria uma contadora de histórias uma espécie de guardiã de um tesouro que ao final ela me daria assim que aprendesse suas lições que eu teria o "poder" que ela não perdera apenas guardou pois sabia que iria me encontrar e que com ele seria capaz de abrir ouvidos e corações cultivando o bem maior do ser humano que é a capacidade de se humanizar. E assim as lições começaram, lições que segundo ela eu jamais poderia esquecer...
1) Busque um espaço aconchegante que estimule a imaginação, pode ser debaixo de uma árvore, numa biblioteca, etc.

2) Tenha uma mala ou um baú cheio de objetos que poderão ser seus coadjuvantes, fantoches, chapéus, sinos, alguns instrumentos musicais simples como um tambor, pau-de-chuva, gaita, flauta.

3) Que tal vestir-se de forma diferente na hora do conto!

4)
Existem alguns itens que são essenciais:

A escolha conto-
E
m primeiro lugar não é só aquilo que chamamos tradicionalmente de
conto, mas também capítulos de novelas, trechos de romance, fábulas, mitos, lendas e até mesmo algumas crônicas são contáveis.
O essencial é que tenham uma linguagem clara e sejam estruturados de maneira a serem entendidos quando contados em voz alta. É de grande importância a etapa da escolha do conto e os contadores devem estar atentos para aqueles textos que realmente os motivam, despertando um interesse especial para contá-lo.

A linguagem
-
Durante o período da escolha do conto, não se pode perder de vista o fato de que ele foi escrito inicialmente para ser lido. Caberá ao contador avaliar se ele poderá também ser entendido enquanto falado ou contado em voz alta. A sua linguagem deve ser clara e não muito rebuscada a ponto de roubar a naturalidade do contador.

Quando está sendo contado deve-se evitar as chamadas muletas de linguagem - palavras ou expressões que se repetem sem necessidade e que, muitas vezes denunciam a insegurança do contador com relação ao texto, ao mesmo tempo que pode empobrecer a narração.
(ex: aaaa, eee, etc)

Mensagem
-
O objetivo primeiro da narração de histórias é estético, ou seja, deve-se buscar antes de mais nada, a beleza da palavra falada, o prazer em se contar e ouvir uma história. Entretanto, sabe-se que todo conto traz em si, de maneira mais ou menos explícita, alguma mensagem.

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