quinta-feira, 23 de julho de 2009

Hospital utiliza a arte para favorecer a recuperação dos pacientes

Localizado na capital paranaense, o Hospital VITA Batel inaugura, no dia 27 de novembro, o Espaço Cultural VITA Batel. A iniciativa, em parceria com a Zilda Fraletti Galeria de Arte, visa integrar pacientes, médicos, funcionários e acompanhantes e promover o bem-estar no ambiente hospitalar.

Com o Espaço Cultural, a exposição de obras de arte no hall do VITA Batel passa a ser permanente e o hospital receberá os maiores artistas nacionais e internacionais – sempre prestigiando a cultura local. Para a inauguração do Espaço, a marchand Zilda Fraletti escolheu obras das artistas plásticas curitibanas Guita Soifer, Juliane Fuganti e Estela Sandrini.

De acordo a marchand, “os artistas ficam realizados em saber que as obras estão ajudando a aproximar e animar os pacientes”. O Espaço Cultural VITA Batel faz parte do projeto de humanização hospitalar do Grupo VITA.

O conceito de humanização pode ser traduzido como uma busca incessante do conforto físico, psíquico e espiritual ao paciente, família e equipe. Segundo o vice-presidente do Grupo VITA, Francisco Balestrin, “o investimento em humanização é imprescindível para evitar que o alto desenvolvimento tecnológico na medicina coloque o relacionamento com o paciente em segundo plano”, explica.

Especialistas que trabalham com humanização afirmam que a suavização do ambiente hospitalar promove a redução do tempo de internação, aumento do bem-estar dos próprios funcionários e a diminuição das faltas no trabalho.

Para o médico psiquiatra do VITA, André Astete, é preciso desenvolver ações relevantes para o processo de adesão ao tratamento. “Um ambiente menos hostil ajuda o paciente a diminuir o nível de estresse e, conseqüentemente, se recuperar mais rápido”. Astete explica que um alto nível de estresse pode provocar distúrbios imunológicos num paciente, que já está com a resistência do organismo baixa, devido à doença.

De acordo com o psiquiatra, as pessoas geralmente associam a palavra hospital a um termo opressor. “É preciso ajudar o paciente a se reorganizar psicologicamente e superar as conotações negativas que alguns hospitais apresentam”. Para o psiquiatra, “um corredor não precisa ser apenas um lugar de passagem, as salas de espera não precisam ter apenas cadeiras. É preciso que todos se sintam à vontade, e isso não é possível apenas entre máquinas, aparelhos médicos e paredes pálidas”.

Já a psicóloga da UTI do VITA e coordenadora do Comitê de Humanização da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Raquel Pusch, destaca a importância dos profissionais de atendimento no processo de humanização: “a responsabilidade da equipe se estende para além das intervenções tecnológicas e farmacológicas. O objetivo é implementar o conceito de que é necessário cuidar do outro como você gostaria de ser cuidado – e isso significa não apenas grandes investimentos na busca da excelência em hotelaria hospitalar, mas também a importância dos pequenos gestos, como um simples abraço de conforto ou cinco minutos a mais de atenção a um paciente deprimido”.

Ela ressalta ainda a importância de um ambiente agradável para o conforto dos familiares, que são determinantes na recuperação do paciente. “A família freqüentemente sente-se desamparada e temerosa à beira do leito de um hospital. Os tubos, curativos, fios e aparelhos, com os quais a equipe médica está tão acostumada, podem ser amedrontadores para os familiares” explica.

Um comentário:

Carla disse...

Que show isso! Bem que poderia expandir-se em todos os HPS.