quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Chico Xavier agora na tevê

A trajetória do homem que dedicou a existência à mediunidade e à prática do bem será mostrada na minissérie “Chico Xavier”, que a Rede Globo vai exibir em quatro capítulos, entre 25 e 28 de janeiro, depois do “Big Brother Brasil 11”.

A minissérie é um desdobramento do filme que foi visto por mais de três milhões de espectadores em 2010, quando se comemorou os 100 anos de nascimento de Chico. A produção foi dirigida por Daniel Filho, bem-sucedido realizador de telenovelas da Rede Globo nos anos 1970, como “Pecado Capital” e “Dancin’ Days”, e de produções cinematográficas recentes, como “Se Eu Fosse Você, 1 e 2” e “Tempos de Paz”. O longa-metragem teve como base o livro “As Vidas de Chico Xavier”, a única biografia jornalística sobre o médium, escrita pelo jornalista Marcel Souto Maior, diretor do programa de tevê “Profissão Repórter”. O roteiro foi escrito por Marcos Bernstein, considerado um dos melhores roteiristas da atualidade, e lapidado por Daniel, com a colaboração da diretora assistente Cris D’Amato e de Carlos Alberto Ratton, que adaptou os diálogos ao jeito de falar dos mineiros.

TRÊS VEZES CHICO

Para contar a trajetória de Chico Xavier da infância à velhice, Daniel Filho e Marcos Bernstein (autor do seriado “A Cura”, em parceria com João Emanuel Carneiro) decidiram reconstituir a entrevista que ele concedeu ao programa “Pinga Fogo” na extinta TV Tupi de São Paulo, em 1971. Esta entrevista, que teve recordes de audiência na época, tornou Chico definitivamente conhecido em todo o país. À medida que responde às perguntas dos entrevistadores, ele relembra fatos marcantes de sua história até aquele momento. Três atores vivem o médium em fases distintas: o garoto Matheus Costa como criança e adolescente; Ângelo Antônio, adulto, e Nelson Xavier, depois dos 59 anos. Nelson, que se considerava ateu apesar de ser filho de mãe espírita, diz que ficou transformado ao viver um ser que pregava o amor e a paz. A semelhança da caracterização do ator com o Chico original chegou a confundir colegas do elenco e da equipe técnica.

SUPERANDO A DOR

Chico Xavier se tornou famoso por receber textos ditados por espíritos de pessoas que já morreram. Os espíritas chamam de psicografia o recebimento mediúnico de livros ou pequenas mensagens. O médium psicografou mais de 400 obras literárias, mas doou os direitos autorais para entidades assistenciais. Também recebeu cartas, principalmente de jovens mortos, por doença, acidente ou assassinato, levando consolo a familiares, como pais e mães, desesperados por notícias dos parentes. O filme e agora a minissérie abordam o sofrimento de um casal, interpretado por Christiane Torloni e Tony Ramos, com a morte do único filho, que teria sido assassinado pelo melhor amigo. A mãe recebe a mensagem do filho, psicografada por Chico, dizendo que o tiro foi acidental. Mas o pai, diretor do programa “Pinga Fogo”, não acredita que a carta seja do rapaz. A trama é fictícia, mas baseada em fatos reais.

MUITO MAIS

A minissérie vai mostrar passagens que foram cortadas da edição do filme. A primeira montagem do longa-metragem tinha mais de quatro horas, mas foi preciso reduzir para pouco mais de duas horas. Cenas que não foram vistas no cinema poderão ser acompanhadas na versão para tevê. A obra conta ainda com a participação de atores como Letícia Sabatella, Giovanna Antonelli, Luís Mello, Giulia Gam, Ana Rosa, Anselmo Vasconcellos, Paulo Goulart, Pedro Paulo Rangel, Cássio Gabus Mendes, Cássia Kiss e Rosi Campos, entre outros.

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