quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Teatro na educação moral


A sociedade vem sofrendo muito com os alarmantes índices de violência e a má conduta de diversas pessoas. Muitas ferramentas pedagógicas existem para que se reverta esses quadros e uma delas, que é de grande importância, que os educadores podem utilizar é o teatro.

Todos os dias, quando nos informamos das notícias, somos literalmente “bombardeados” por muitos acontecimentos ruins de origem comportamental. São políticos que praticam maus atos, bandidos que cada vez mais agem com violência, etc. Ao analisarmos a origem dessas atitudes facilmente iremos notar que todas essas pessoas possuem uma má formação de conduta, ou seja, possuem um caráter ruim.

O caráter do ser humano é formado ao longo de sua vida, moldado através de experiencias boas ou ruins. Os estudos e a educação são fatores determinantes para essa formação e uma importante ferramenta pedagógica é o uso dos recursos teatrais. O teatro permite ao homem um estudo intimo dos seus sentimentos inferiores (orgulho, raiva, etc) e de seus superiores (benevolência, amor,etc). Esse estudo dos sentimentos, que podemos chamar de reforma intima, acontece através da representação de personagens com estereótipos (caráter) bons ou ruins.

A vivência de certos personagens ao longo de uma apresentação teatral ou oficina pedagógica permite uma profunda reflexão de determinadas atitudes, permitindo analisar se estas são condizentes ou não com a sociedade. Evitando assim, em muitos casos da pessoa realizar aquela atitude ruim, pois se o seu personagem a realizou e teve um destino infeliz, porque repeti-la na vida?

Além dos participantes que passam por grandes reformas intimas ao realizarem um trabalho de teatro bem conduzido, o público também é levado a reflexões mais profundas de suas atitudes, mesmo que seja de forma inconsciente. Afinal, o teatro é uma arte agredadora e ao desenrolar de uma boa história, todos começam a vibrar, a sentir as emoções de determinados personagens, permitindo e instigando reflexões à respeito do assunto abordado com mais maturidade.

Um aspecto que é muito importante para os educadores observarem é a coerência doutrinária do texto da peça. Se ele for repleto de cenas densas(com o foco na violência, no sexo, nas drogas, etc) e não for dado um sentido moral para isso, ou seja, usar violência gratuita, o teatro irá ocasionar um verdadeiro despertar de sentimentos ruins, ocasionando um terrível aprendizado.

Portanto, o teatro e as outras expressões da arte, nos dão muitos recursos educacionais, basta atentarmos ao que cada uma pode oferecer e aplicarmos essas ferramentas pedagógicas sempre que possível. Assim, uma nova formação do caráter social irá se formar, tornando a convivência social superior da que hoje encontramos.

Renã Vargas,

Coordenador do A.V.E.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Pelo Espiritismo em todos os ritmos e cores


Com todo o respeito a quem não goste de rock (seja de que tipo for), funk, pagode, música clássica, música sertaneja etc... Considero expressões como “esse ritmo é menos evoluído” ou “esse ritmo é desarmonioso” sempre como uma manifestação de exclusivismo, preconceito ou ostracismo cultural. Ainda que inconsciente!

Tais expressões também se assemelham a uma “medo” religioso infantil, que não cabe no Espiritismo. Coisas que em outras religiões são ditas assim: “o rock é coisa do diabo” ou “esse ritmo não agrada a Deus”... como se soubéssemos realmente qual o ritmo que Deus mais gosta de ouvir...

Analisando mais profundamente tais “medos”, percebe-se claramente a intenção de UNIFORMIZAÇÃO de estilo.

Ôpa! O que houve com o velho lema espírita: “UNIFICAÇÃO SIM! UNIFORMIZAÇÃO NÃO!”?

O que o Espiritismo prega é a união e não a uniformização no movimento espírita (o que inclui o movimento artístico espírita).

Seria algo como dizer: no movimento artístico espírita só se pode usar as cores branca e azul, pois as cores vermelha, verde, amarela e preta são cores inferiores, que sugerem sentimentos e expressões mais baixas. Pintar um quadro com essas cores não pode ser arte espírita!

Seria também como legislar assim: no movimento artístico espírita só se pode usar o compasso 4/4, com batidas de no máximo 60 bpm, sem uso de bateria ou guitarra elétrica. Qualquer música que fuja disso não é arte espírita!

Seria também como dizer assim: o evangelho e os princípios espíritas só devem ser traduzidos e ensinados no inglês, no português e no espanhol, pois o alemão, o francês e o japonês são línguas grotescas, pouco harmoniosas.

Caramba! Deus queira que não cheguemos a isso...

No Evangelho não encontramos que a Boa Nova deve ser pregada a todos os povos e em todas as línguas?

Então deve ele ser pregado também em todas as cores, ritmos, sons e estilos.

Querer que seja em apenas um estilo é cometer os mesmos erros dos primeiros apóstolos que não queriam pregar o Evangelho aos gentios.

Já dizia uma música do GAN: “A malandro velho se ensina o Evangelho é com samba-canção”.

Pela observação da Natureza, podemos também dizer que todas as cores estão na Natureza. Então, todas as cores vêm de Deus.

Assim também percebemos que todos os ritmos estão na Natureza. Então, todos os ritmos vêm de Deus.

E todas as cores e todos os ritmos são necessários para o ciclo da vida.

Já pensou se na Natureza tivéssemos apenas as cores branca e azul?

Se o Universo seguisse em apenas um ritmo, sem as tormentas ou calmarias, sem a brisa ou sem o tufão, sem as explosões ou o congelamento... simplesmente não seguiria...

O ciclo variável é essencial. Uma hora a agitação. Outra hora a calmaria.

O que é importante é saber em que momento cada ritmo deve ser utilizado.

Se é momento de agitação, é hora de um ritmo mais agitado.

Se é momento de calmaria, é hora de um ritmo mais calmo.

É o ciclo da própria vida.

Jesus ao curar um cego, provavelmente estava em momento de calmaria.

Mas ao expulsar os vendilhões do templo, provavelmente estava em momento de agitação.

No primeiro momento tocava uma tranqüila música clássica.

No segundo momento ouvia-se um rock bem enérgico.

Os dois ritmos são extremamente importantes para a vida.

Querer que só haja um é transformar o ciclo da vida em algo não renovável. Em algo estagnado. Em algo que não evolui. Em algo, por fim, ENFADONHO.

Se prestarmos atenção, por exemplo, em uma palestra de Divaldo Franco, perceberemos que ele se utiliza de vários ritmos... Ele começa num ritmo tranqüilo, voz mansa, relatando algum causo histórico. Daqui a pouco, ele eleva a voz, se agita, gesticula com as mãos, chega a gritar... Novamente, volta a um ritmo mais lento... E prossegue com sua palestra sempre com altos e baixos na linha do ritmo...

É um artista espírita! Um artista da oratória, que sabe utilizar todos os ritmos e entonações nos momentos certos!

Já pensou se disséssemos a ele: "Divaldo, você não pode utilizar um ritmo mais agitado em sua palestra, porque a agitação é coisa grotesca, inferior. Se fizer isso, a sua palestra deixa de ser uma palestra espírita! Você deve seguir sempre em um ritmo lento, sem nunca alterar a voz ou a entonação!"

Valha-me, Deus!

Bom, seguirei dizendo por longos anos: o que caracteriza a arte espírita não é a forma, mas sim o conteúdo. Não é a língua que você fala, a cor da camisa que você veste ou o ritmo que você escuta. É, simplesmente, a mensagem que você transmite.

Enquanto tiver um que diga “música espírita só é no ritmo A”, haverá um adolescente fazendo música espírita nos ritmos B a Z ” só pra contrariar. E graças a Deus!

São os Paulos de Tarso contemporâneos: apóstolos dos gentios, dos rockeiros, dos funkeiros, dos pagodeiros, dos sambistas... e por aí vai...

Deus não abandona ninguém!

Façamos, pois, arte espírita em todas as cores, ritmos e estilos!

E saibamos utilizar cada coisa no momento certo.

Clésio Tapety

sábado, 1 de setembro de 2007

As verdadeiras proporções


Aproveito para postar o material referente as proporções de tamanho existentes enter os planetas e estrelas conhecidos. A escala começa na imagem em que a Terra aparece como o maior planeta e vai... Até onde nem o Sol aparece... Recebi esse material por e-mail. Por isso, não coloquei a fonte dessas imagens.



Escala 1










Escala 2











Escala 3














Escala 4














Escala 5

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Desenvolvimento Emocional

Boa noite!
Procurando material sobre o desenvolvimento humano, encontrei um artigo interessante de um pesquisador chamado Erik Erikson. Ele trabalhou junto à Anna Freud, filha do conhecido Sigmund Freud. Espero que seja útil:

As Oito Fases do Desenvolvimento Emocional Humano segundo Erikson
0 a 1 ano - CONFIANÇA - Aprendendo a confiar ao invés de desconfiar

Durante os primeiros dois anos de vida, a criança desenvolve a confiança básica, a segurança e o otimismo. Como ela depende dos pais para tudo (alimentação, afeto, proteção), ela precisa confiar inteiramente neles. Para isso, é preciso que os pais a tratem com muito amor, atenção, apoio e paciência. Caso contrário, crescerá insegura e desconfiada.

1 a 2 anos - AUTONOMIA - Aprendendo a ser independente ao invés de sentir vergonha

O segundo conflito psicológico, segundo Erikson, ocorre durante a primeira infância, dos 18 meses aos 4 anos de idade. Nessa fase, a criança dá um grande salto no desenvolvimento: aprende a andar, a falar, a ir ao banheiro, torna-se independente e ganha auto-confiança.

A criança que tiver uma boa orientação dos pais sairá dessa fase segura de si mesma, feliz com suas novas conquistas e orgulhosa, ao invés de tímida. É importante incentivar a autonomia das crianças nessa fase, mas isso não pode ser sinônimo de indisciplina. É comum que as crianças de 2 ou 3 anos façam cenas no meio da rua, se recusem a dar a mão para atravessar a rua, e digam "não" com muita facilidade. Cabe aos pais explicar carinhosamente o que a criança pode ou não pode fazer sem impedir que se desenvolva. A super-proteção também atrapalha o desenvolvimento e torna a criança dependente dos pais.

3 a 6 anos - INICIATIVA - Aprendendo a ter iniciativa ao invés de sentir culpa

A terceira crise psicossocial ocorre entre os 4 e os 7 anos de idade. Nessa fase, a criança saudável aprende: (1) a imaginar, a brincar no mundo do faz-de-conta e da fantasia; (2) a cooperar com os outros; e (3) a dar e a receber ordens. Aprendem a equilibrar diversão e responsabilidade.

A criança que é reprimida pelos pais nessa fase, sente-se culpada, cresce com medo, fica deslocada dentro do grupo, não tem iniciativa (depende muito dos adultos) e não desenvolve satisfatoriamente a imaginação e a criatividade. É importante que as crianças sejam encorajadas pelos pais a desenvolver sua criatividade, aprendendo a controlar seus impulsos sem se tornarem indisciplinadas.

6 a 12 anos - PRODUTIVIDADE - Aprendendo a construir ao invés de se sentir inferior

A quarta fase surge no início da vida escolar (escola primária). Nessa fase a criança adquire noções básicas para a vida em sociedade, como: (1) relacionar-se com em grupo de acordo com regrais sociais; (2) brincar em grupo de forma organizada, seguindo regras; (3) ir à escola, aprender aritmética, leitura e estudos sociais. O dever de casa é uma tarefa que incentiva a auto-disciplina, que aumenta a cada ano do desenvolvimento. A criança que aprendeu, nos anos anteriores, a confiar, a ser independente e a ter iniciativa, será uma criança competente na escola e sem complexo de inferioridade perante os colegas.

12 a 18 anos - IDENTIDADE - Descobrindo quem é para não se perder

Dos 12 aos 18 anos, o adolescente aprende a responder à pergunta "Quem sou eu?". Porém até mesmo os adolescentes mais saudáveis psicologicamente vivem um momento de difusão da identidade: a granda maioria deles envolve-se em menor ou maior grau com delinqüência, confusão e revolta. Segundo Erikson, durante a adolescência sadia o indivíduo amadurece sua perspectiva de tempo. Este é o momento psicológico mais importante da vida do indivíduo: o jovem descobre o seu caminho e, a partir de suas dúvidas, define sua identidade. Caso os conflitos anteriores não tenham sido bem resolvidos, o adolescente terá dificuldades para enfrentar este grande momento de definição.
Se tiver sucesso, assumirá papéis construtivos dentro da sociedade, ao invés de seguir o caminho da delinqüência, como acontece com o adolescente mal preparado psicologicamente. O adolescente saudável é capaz de planejar seu futuro, antever suas realizações e a lutar por elas, ao invés de ficar paralizado devido a sentimentos de inferioridade. Caso contrário, não conseguirá definir sua vocação profissional, sua orientação sexual e seu papel na sociedade.

19 aos 30 anos - INTIMIDADE - Descobrindo o outro para não se isolar

O adulto jovem e saudável já está preparado psicologicamente para ter intimidade afetiva e sexual com outra pessoa. Independente de seu sucesso profissional, o indivíduo só estará plenamente desenvolvido quando for capaz de ter intimidade com alguém. Aquele que não tiver alcançado a noção de intimidade terá problema para manter relacionamentos, terá medo de se envolver afetivamente e a depender de outra pessoa.

30 a 50 anos - CRIAÇÃO - Aprendendo a gerar para evitar a estagnação

Na vida adulta, o indivíduo precisa produzir, criar, seja através da maternidade ou paternidade, seja trabalhando produtiva e criativamente. Segundo Erikson, as pessoas que são capazes de olharem para fora de si, para a família, terão a sensação de estarem contribuindo para as futuras gerações. Os indivíduos que não constituem família poderão sentir-se estagnados na meia idade. Caso o indivíduo supere as sete etapas anteriores do desenvolvimento psicossocial, é capaz de fazer julgamentos com maturidade e integridade. Sabe confiar, é independente e não tem medo de desafios. Trabalha pesado, enconrou seu caminho na vida e tem uma imagem de si mesmo que o satisfaz. Consegue manter uma vida íntima sem culpa, controle, arrependimento ou falta de realismo. Tem orgulho do que produz: seu trabalho, seus filhos, seus hobbies. Se uma ou mais etapas do desenvolvimento psicossocial não for bem resolvida, o indivíduo pode ter uma imagem ruim de si mesmo, viver insatisfeito, arrependido e desesperado.

A partir dos 50 - SABEDORIA - Integridade do ego ao invés de desesperança

Com a velhice chega o momento de reflexão sobre a vida e seu papel no mundo. É a hora do balanço de suas conquistas e seus fracassos. Se a pessoa está satisfeita com a vida que teve e sente que existe uma união entre ela e as pessoas que a rodeiam, aceitará a morte com integridade. Citando Erikson, a criança saudável não teme a vida, e o idoso saudável não teme a morte. Porém, se o indivíduo chega a essa idade insatisfeito e arrependido, muito provavelmente viverá momentos de desesperança e temor da morte.

ll