A criança é para onde temos que direcionar nosso olhar. Ela tem o potencial de mudar toda uma sociedade, tanto para o bem, quanto para o mal.
Na infância é que podemos reformar seu caráter e reprimir-lhe suas más inclinações.
Porque não aproveitar esse momento tão importante na vida do Espírito para lançar bases de arte, voltada para o aprimoramento e elevação dos seres?
Devemos aproveitar esse instante em que suas tendências mais nefastas estão adormecidas para plantar nela a semente do evangelho de Cristo. Devemos por a criança em contato com a arte elevada, sob o estímulo da beleza, do bem e do belo.
“Educar para a arte, com arte, pela arte, é, pois, colocar o indivíduo em contato com as forças mais profundas de sua alma. É trabalhar com camadas do inconsciente, é buscar o fio condutor que nos leva a essência de cada um.” (Pestalozzi)
Sabemos que a arte mexe com os nossos sentimentos de formas inimagináveis. É baseada na nossa energia sexual, a energia criadora, a energia que nos torna co-criadores de Deus. O lúdico, o belo, o que excita a imaginação faz com que o ser tenha epifanias, formas diferentes de ver o mundo e entre em contato com aquilo que muitas vezes, nem conhecia dentro de si.
A arte espírita veio com uma grande responsabilidade: esclarecer e consolar através do amor e da beleza. Elevar os padrões da arte moderna, levando os seres até as verdades eternas. A arte espírita é com certeza um ato de evangelização, ou seja, educação das almas. Ela precisa preparar o caminho para que a criança, no seu despertar da razão quando adulta, tenha seu caráter formado para o bem, podendo se relacionar de forma segura com o universo exterior, tendo seu Espírito em paz.
“Ao realizarem atividades artísticas, as crianças desenvolvem auto-estima e autonomia, sentimento de empatia, capacidade de simbolizar, analisar, avaliar e fazer julgamentos e um pensamento flexível; também desenvolvem o senso estético e as habilidades especificas da área artística. Tornam-se capazes de expressar melhor as idéias e sentimentos, passam a compreender as relações entre as partes e o todo, a entender que as artes são de uma forma diferente de conhecer e interpretar mundo.”
(ALMEIDA, Célia Maria de Castro. Concepções e Práticas Artísticas na Escola. In: Sueli Ferreira (Org). O Ensino das Artes Construindo Caminhos. Campinas: Papirus, 2001.)
A arte pode ser usada como terapia, liberando bloqueios, causas profundas de estados depressivos. Ela auxilia a entrarmos em estados vibratórios e sentimentos que sozinhos não conseguiríamos. A arte espírita toca no intimo do Espírito. Reflitamos o quanto isso pode auxiliar o ser ainda em formação no seu equilíbrio, na sua harmonia interna.
Ela ainda engatinha para conseguir seu devido espaço, até mesmo dentro das casas espíritas ainda temos confrades travados a essa ferramenta tão sublime de educação das almas. Mas não deixemos de mostrar a todos que a arte é necessária para ascensão da sociedade. A utilizemos nas evangelizações, nos nossos lares, afinal, todos temos aptidões. Descubra a sua, e mãos a obra, esses pequenos precisam da luz do Cristo, e você não está lendo esse artigo ao acaso.
Reflita e depois trabalhe, Cristo o chama.
Por Jenifer Correa,
do Grupo AVE.
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