sábado, 30 de janeiro de 2010

Brincar, uma necessidade

Artigo
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Brincando, a criança pode realizar atividades próprias do mundo adulto, o que facilitará seu ingresso neste mundo futuramente.

Toda a criança brinca. Ela necessita deste espaço para se desenvolver.

É brincando que os bebês descobrem como as coisas funcionam e assim começam a se relacionar com a vida, perceber os objetos e o espaço que seu corpo ocupa no mundo em que vive.

A criança simboliza. Brinca de faz-de-conta, representa papéis, "recria" situações que lhe foram agradáveis ou não. Só que quando a criança recria estas situações, faz da forma que ela suporta, não correndo riscos reais. Através do faz-de-conta, a criança traz para perto de si uma situação vivida e a adapta à sua realidade e necessidade emocional.

Nota-se também que conforme se desenvolve emocional e cognitivamente, a criança começa a incluir outras pessoas em suas brincadeiras. Ela começa a brincar com o outro e não mais ao lado do outro.

É percebendo a presença do outro que começam a ser criadas e respeitadas as regras. Conviver com outra pessoa exige que se respeitem limites. O limite imposto pelo outro.

Começam aí as brincadeiras envolvendo jogos com regras.

Os jogos com regras exigem raciocínio, estratégia, antecipação de um resultado.

Pode-se perceber que quando a criança se mostra capaz de respeitar as regras dos jogos, seu relacionamento com outras crianças e mesmo com os adultos melhora.

Pode-se observar que quanto mais a criança se mostra tolerante às frustrações quando perde no jogo, percebendo o direito do outro, e sua capacidade de vencer, pois ela também é capaz de vencer , mesmo respeitando as regras - mais se expande seu interesse em aprender, sua coragem de perceber que não sabe mas pode aprender.

A criança percebe que, para vencer, precisa usar estratégias, precisa raciocinar, pois, seu adversário está ali.

Quando antecipa o resultado e pensa sobre as razões de sua vitória ou fracasso, ela vai criando hipóteses e estas hipóteses podem contribuir no seu processo de aprendizagem escolar.

Portanto, a brincadeira e as situações de jogos são fundamentais para a vida saudável da criança e, por que não dizer, para o adulto também.

Já pensou em um jogo que possa interessar a toda família, quantos benefícios poderá trazer?

Então, vamos brincar?

Jesus: um camponês judeu andarilho numa perspectiva histórica

Autor: Lair Amaro

Introdução

Nos últimos tempos fomos bombardeados por notícias que, segundo os mais exaltados, poderiam abalar irremediavelmente tudo o que se sabia a respeito do cristianismo e de seu líder máximo, Jesus de Nazaré. Em primeiro lugar, Dan Brown e seu "O Código Da Vinci" com a afirmação de que Jesus e Maria Madalena foram casados e tiveram uma filha. Depois, a revelação da tradução do evangelho de Judas que, conforme especulou-se, tirava a culpa do apóstolo pela morte de Jesus.

Tanto o livro de Dan Brown quanto as suposições acerca do evangelho de Judas patentearam um fato: após dois mil anos de cristianismo, tudo o que se refere a Jesus e seu movimento, atrai tanto a curiosidade quanto demonstra que muito ainda se ignora acerca desta figura histórica: um camponês judeu do século I, analfabeto, que liderou um movimento marginal, numa província marginal do vasto Império Romano (MEIER, 1992:64).

Uma das principais razões para o desconhecimento, e um dos mais fundamentais problemas enfrentados na pesquisa do Jesus histórico, é a ausência de documentação contemporânea ao seu ministério público, iniciado em, provavelmente, 28 E.C. e encerrado, com sua execução sumária em, provavelmente, 30 E.C. Os primeiros textos escritos a respeito da vida de Jesus, produzidos por pessoas que acreditavam naquilo que ele disse e fez, somente apareceram de 20 a 80 anos após a sua morte.

Entretanto, pode perguntar alguém, qual o problema disto? Os Evangelhos não contam a vida de Jesus? Não sabemos tudo sobre ele?

Se lemos os quatro evangelhos canônicos verticalmente, ou seja, do início ao fim e um depois do outro, ficamos com uma impressão geral de unidade, harmonia e conformidade. Mas se, ao contrário, eles forem lidos horizontalmente, destacando-se uma determinada unidade e comparando a maneira como ela é apresentada em uma, duas, três ou quatro versões, veremos que a discrepância, e não a conformidade é a principal característica dos quatro textos. (CROSSAN, 1994:29).

Isto só acontece porque, ainda é Crossan quem diz, "os evangelhos são, em outras palavras, interpretações. Daí, naturalmente, apesar de haver apenas um Jesus, poder haver mais de um evangelho, mais de uma interpretação... Esses quatro evangelhos não representam todos os primeiros evangelhos disponíveis (...) mas são, ao contrário, uma coletânea planejada conhecida como evangelhos canônicos" (CROSSAN, 1995:14).

Jesus existiu?

Se os evangelhos foram escritos por pessoas que acreditavam fortemente que um homem chamado Jesus ensinou e realizou coisas maravilhosas, um crítico não-cristão poderia levantar a dúvida sobre a sua real existência. Afinal, com exceção dos textos preservados pela Igreja, nenhum outro documento assegura que na Palestina, no século I, um líder de um pequeno grupo foi julgado, condenado, morto pelos romanos e que voltou da morte após três dias. Tudo poderia ser somente uma criação de fanáticos religiosos.

Este silêncio sobre Jesus indica que, no seu tempo, ele foi uma figura menos proeminente do que pensam os cristãos de hoje. De acordo com John P. Meier, "seria de admirar que algum judeu ou pagão culto o tivesse conhecido ou mencionado no primeiro século ou no início do segundo" (MEIER, 1992:64). É preciso ter em mente que no vasto império romano, a Palestina consistia numa província marginal, palco de diversas revoltas e que Jesus era um judeu marginal, à frente de um movimento marginal (MEIER, 1992:64).

Surpreendentemente e para sorte dos pesquisadores existe uma referência não-cristã sobre a vida e atuação de Jesus escrita no fim do século I. Esta "testemunha" é o aristocrata, político, militar, apóstata e historiador judeu José ben Matthias, conhecido como Flávio Josefo, que escreveu duas grandes obras: A Guerra dos Judeus e Antiguidades Judaicas.

Ela é a única evidência extrabíblica conhecida, do século 1E.C., que evidencia a existência de Jesus. Quer dizer, se não fosse por ela, não haveria nenhuma outra evidência, além dos evangelhos, a respeito de um judeu, que viveu na Galiléia, chamado Jesus. Sobre a pergunta deste tópico, a resposta, portanto, é: sim, Jesus existiu.

As fontes cristãs sobre Jesus

O primeiro pressuposto a respeito dos evangelhos, enquanto fontes sobre o Jesus histórico, é que eles não são relatos objetivos e históricos sobre o profeta de Nazaré. Eles são evangelhos. Eles aberta e sinceramente se proclamam escritos conforme a fé, para a fé, pela fé (CROSSAN, 2004:182). Levando-se em consideração somente os quatro evangelhos intracanônicos, pode-se dizer que eles são quatro testemunhos influenciados e controlados pelos objetivos teológicos de seus respectivos autores.

A propósito, de acordo com os historiadores, a idéia de que os textos bíblicos, em geral, e os evangelhos intracanônicos, em particular, tenham sido escritos pelos indivíduos que lhes dão os títulos não faz nenhum sentido. Estes textos foram baseados em tradições orais transmitidas que foram sendo agrupadas e modificadas, de acordo com a linha teológica de cada comunidade cristã (CAVALCANTE e CHEVITARESE, 2003:21). Até porque, continua Chevitarese, a atribuição da autoria ocorreu mais tarde, por volta do século 3 E.C., quando a Igreja começou o processo que selecionou os livros que seriam considerados canônicos.

Conforme acentua Raymond E. Brown, "nenhum dos evangelhos menciona um nome de autor, e é possível que nenhum deles tenha sido escrito por aquele a cujo nome foi ligado no final do século II" (BROWN, 2004:60), reiterando o argumento de Chevitarese.

Helmut Köester explica este fato mostrando que os "nomes de apóstolos ou de discípulos específicos de Jesus foram amplamente empregados para dar autoridade e legitimidade a diversos escritos, especialmente em seitas e escolas gnósticas" (KÖESTER, 2005:8).

As relações entre os evangelhos

Estas discrepâncias entre os evangelhos não invalida a constatação de que os sinóticos - Mateus, Marcos e Lucas -, postos lado a lado, apresentam paralelos que levaram os historiadores a questionar sobre a existência de uma ou mais fontes comuns, quer dizer, a postular sobre as relações literárias entre eles.

Hoje é consensual que o evangelho de Marcos é mais antigo do que os evangelhos de Mateus e de Lucas, pois que estes dependem de Marcos enquanto o contrário não se dá. A tradição eclesiástica sustentava a primazia de Mateus, no entanto, os estudos de Christian G. Wilke e de Christian H. Weisse, ambos publicados em 1838, demonstraram convincentemente que Marcos é anterior a Mateus e Lucas e que estes utilizaram aquele evangelho como fonte (KÖESTER, 2005:49).

Todavia, os estudiosos ao confrontarem lado a lado os evangelhos sinóticos perceberam dois tipos de correspondência (MACK, 1994:11). Uma era que a linha narrativa de Mateus e de Lucas coincidia apenas quando seguiam a do evangelho de Marcos. A outra correspondência apontava para a existência de um vasto material de sentenças que não aparecia em Marcos, mas que era comum a Mateus e a Lucas. Isso significava que ambos utilizaram uma segunda fonte. Os especialistas passaram a chamar esse documento de Q - abreviatura da palavra Quelle, "fonte" em alemão - e isto causou um grande impacto no mundo acadêmico.

Tratava-se de um evangelho perdido, mas oculto no interior de Mateus e Lucas. Este evangelho hipotético, postulado pela maioria dos estudiosos, não é aceito por uma minoria na comunidade acadêmica, mas a descoberta do Evangelho de Tomé, como veremos mais adiante, reacendeu o interesse por ele (HORSLEY e DRAPER, 1999:1). Brown critica os defensores de Q alegando a precariedade de seus raciocínios (BROWN, 2004:198). Sua rejeição a Q relaciona-se ao fato de que "o NT canônico, a cuja autoridade os cristãos se submetem, consiste em livros inteiros, não em fontes reconstruídas, por mais fascinantes que estas sejam" (BROWN, 2004:100).

A descoberta de Nag Hammadi

Em dezembro de 1945, um camponês árabe do Alto Egito fez uma assombrosa descoberta arqueológica, cujas circunstâncias foram obscurecidas por boatos. Este camponês, Muhammad ‘Ali al-Sammãn, buscando uma terra macia usada como fertilizante, topou, junto com seus irmãos, um pote de cerâmica de quase um metro de altura. Ao abri-lo descobriu em seu interior treze livros de papiro com encadernação em couro. Levou-os para casa e largou os livros e as folhas soltas de papiro sobre a palha amontoada no chão, perto do fogão. Sua mãe admitiu ter queimado vários papiros no fogão com a palha utilizada para atiçar o fogo.

Após uma série de episódios de compra e venda no mercado negro, apreensões pelo governo egípcio, histórias dignas de um romance policial, Gilles Quispel, renomado professor de Religião da cidade de Utrecht, na Holanda, conseguiu tê-los à mão e ao traduzi-los, o que encontrou na primeira linha o encheu de espanto. Incrédulo, ele leu: "Estas são as palavras secretas ditas pelo Jesus vivente e escritas por Judas Tomé, o gêmeo".

Há muito os estudiosos já sabiam da existência de outros evangelhos, mas a descoberta do texto integral de Tomé suscitou inúmeras questões. Seria esse escrito um registro autêntico dos ensinamentos de Jesus (PAIGELS, 1989:xv)?

Neste evangelho, muitos dos ensinamentos de Jesus também estavam presentes no Novo Testamento, todavia, em contextos pouco familiares, adquiriam significados bastante distintos. Outras passagens diferiam completamente das tradições cristãs conhecidas (MEYER, 1993:35):

O Evangelho de Tomé que Quispel tinha em mãos era apenas um dos cinqüenta e dois textos descobertos em Nag Hammadi. No mesmo volume, estava o Evangelho de Filipe, que atribui a Jesus palavras e atos totalmente distintos dos que aparecem no Novo Testamento.

Mas, por qual razão estes textos permaneceram ocultos por tanto tempo? Sabe-se que estes textos circulavam no começo da era cristã. Contudo, foram denunciados como heresias pelos cristãos ortodoxos de meados do século II. No século IV, com a oficialização do cristianismo pelo imperador Constantino os cristãos majoritários passaram a denunciar como heréticos quem possuísse os livros considerados apócrifos. Registros mostram que muitas de suas cópias foram queimadas e destruídas (PAIGELS, 1989:xix).

Será que continham ensinamentos perigosos para a formação da ortodoxia cristã? O "Jesus vivente" desses textos fala de engano e esclarecimento, e não de pecado e arrependimento como o Jesus do Novo Testamento. Em lugar de vir para salvar-nos do pecado, ele vem como um guia que nos abre o caminho do entendimento espiritual. Quando o discípulo alcança o esclarecimento, Jesus não mais o auxilia como mestre espiritual: os dois se tornaram iguais - e mesmo idênticos (PAIGELS, 1989:xx).

A grande e mais importante conclusão que os achados de Nag Hammadi trouxeram é descortinar um outro cenário para o cristianismo primitivo. A partir deles, talvez tenhamos que reconhecer que o cristianismo primitivo era muito mais diverso do que quase todo o mundo imaginava (PAIGELS, 1989:xxii).

Assim, o mais correto seria dizer "cristianismos" e não "cristianismo", face à diversidade de movimentos só agora vislumbrados com a descoberta de Nag Hammadi. Hoje temos condições de ver que o que chamamos de cristianismo e o que consideramos como tradição cristã constituem na verdade apenas uma pequena seleção de fontes específicas, escolhidas entre dezenas de outras. Ou seja, tanto o cristianismo como, até mesmo o Cristo que o ocidente cultua, são frutos de escolhas realizadas em algum momento por determinadas pessoas.

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Bibliografia

Bíblia de Jerusalém (1980). São Paulo: Paulinas, 7ª edição.

Evangelho de Tomé (1993). Rio de Janeiro: Imago.

Didaqué (2004). São Paulo: Paulus.

Obras de Referência

BROWN, R. E. (2004) Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Paulinas

KÖESTER, H. (2005) Introdução ao Novo Testamento, volume 2: história e literatura do cristianismo primitivo. São Paulo: Paulus.

Trabalhos Específicos

CAVALCANTE, R. e CHEVITARESE, A. L. (2003) Jesus. São Paulo: Editora Abril.

CROSSAN, J. D. (1994) O Jesus Histórico. A Vida de um Camponês Judeu do Mediterrâneo. Rio de Janeiro: Imago.

CROSSAN, J. D. (1995) Jesus: uma biografia revolucionária. Rio de Janeiro: Imago.

CROSSAN, J. D. (2004) O nascimento do Cristianismo: o que aconteceu nos anos que se seguiram à execução de Jesus. São Paulo: Paulinas

GALLAZI, S. (2002) Da autoridade para a hierarquia. In: Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana 42/43, 9-19. Petrópolis, RJ: Vozes.

HORSLEY, R. A. e DRAPER, J. A. Whoever hears you hears me: prophets, perfomance, and tradition in Q. Pennsylvania: Trinity Press International.

KUNTZMANN, R. e DUBOIS, J.-D. (1990) Nag Hammadi: o Evangelho de Tomé: Textos gnósticos das origens do cristianismo. São Paulo: Paulinas.

MACK, B. L. (1994) O Evangelho Perdido: o Livro de Q & as Origens Cristãs. Rio de Janeiro: Imago.

MEIER, J. P. (1994-2004) Um Judeu Marginal. Repensando o Jesus Histórico. Rio de Janeiro: Imago.

PAGELS, E. (1989) The Gnostic Gospels. New York: Vintage Books.

PAGELS, E. (2004) O que estava perdido é agora encontrado. In: BURSTEIN, D. (ed.) Os Segredos do Código. Rio de Janeiro: Sextante.

ROCCO, D. (2002) A exclusão do discurso feminino na Igreja antiga. In: Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana 42/43, 20-36. Petrópolis, RJ: Vozes.

THEISSEN, G. e MERZ, A. (2002) O Jesus Histórico. Um Manual. São Paulo: Loyola.

Vídeo - Efeitos Físicos e o Espiritismo

domingo, 24 de janeiro de 2010

Era Nova de divulgação do Reino de Deus


Filhos da alma! Que Jesus nos abençoe.

Soam, na Espiritualidade Superior, os clarins que anunciam a grande transição.

Nem tudo, porém, são trevas e sofrimentos. Não apenas testemunhos e lágrimas em holocaustos novos, homenageando o Senhor da Vida.

A misericórdia do Amor enseja-nos a madrugada de luz, caracterizada por um festival de bênçãos.

Desde há muito, não se observam expectativas abençoadas como as que se desenham para o futuro. Era Nova de divulgação do Reino de Deus nos corações ansiosos de paz.Momento significativo de comunhão entre a Terra e os Céus. As falanges do Amor confraternizam com os emissários da caridade mergulhados na indumentária carnal.

Indispensável que nos predisponhamos todos, desencarnados e encarnados, a esta comunhão efetiva em que o mundo transcendente e a vida imanente no planeta terrestre se hão cansado de perseguições e de angústias, de sombras e de amarguras.

Neste momento, cabe-nos recordar as Boas Novas de alegria que, chegando à Terra por segunda vez, se instalarão por definitivo no país das almas humanas, favorecendo-as com a paz anelada.

Mantende-vos fiéis aos postulados da Codificação Espírita que restaura em sua pulcritude a mensagem de Jesus. Esforçai-vos para que daqui saiam as claridades diamantinas do Evangelho em espírito e verdade a espalhar-se pela nacionalidade brasileira nos próximos festivos dias de gratidão e de exaltação ao incomparável Mestre galileu. E, das terras formosas do Cruzeiro, espraiem-se as notícias libertadoras por toda a Terra, iniciando verdadeiramente o período novo.

Conheceis, graças às cicatrizes na alma, as dificuldades que defluem da longa jornada pelos difíceis caminhos da renovação espiritual. Trazeis as marcas profundas dos erros praticados, agora diluídas suavemente com os sublimes antídotos do Evangelho libertador.

Sede fiéis àqueles que, em nome de Jesus, prepararam estes caminhos para que pudésseis percorrê-los.

Não temais o mal, por mais se afigure aparvalhante, por mais complexas e traiçoeiras sejam as suas armadilhas, porquanto, somente lobos caem nos alçapões para lobos. E, porque estais no rebanho do Senhor, Ele cuidará para que não tombeis nessas facilidades perturbadoras.

Os Espíritos, encarregados de dirigir a nacionalidade brasileira, acompanham o momento político e social da Pátria do Evangelho e Jesus está no leme da barca terrestre. Não duvideis, mesmo quando tudo parece conspirar contra a ordem, a legalidade, o dever. As Vozes dos Céus proclamam a Ordem Superior e mandam que desçam, às sombras terrestres, os Emissários da Verdade para a grande restauração.

Sois os abridores dos caminhos do porvir, como outros o fizeram para vós.

Exultai por viverdes estes gloriosos dias da Humanidade, de ciência, de tecnologia de ponta, de conquistas da inteligência e de despertamento das emoções nobres do chavascal das paixões perturbadoras. Pedistes para renascer nesta hora de desafio e recebestes a bússola para vos oferecer o norte magnético que é Jesus.

Prossegui, filhos da alma, jubilosos, vigilantes e devotados, porque o amanhã vos pertence, porque pertence ao incomparável Rabi da Galileia.

Nós, os Espíritos-espíritas, integrando nas hostes do Evangelho, abraçamos os vossos sentimentos, as vossas vidas, buscando suplicar ao Pai Celestial que vos aureole com as bênçãos imarcescíveis da saúde integral e da paz.

Que Ele, o guia e o modelo da Humanidade, a todos nos abençoe! São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Bezerra
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, realizada na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF, na manhã de 8 de novembro de 2009.)


Ser espírita

Ser espírita é ser cristão, viver religiosamente o Cristo de Deus em toda a intensidade do compromisso, caindo e levantando, desconjuntando os joelhos e retificando os passos, remendando as carnes dilaceradas e prosseguindo fiel em favor de si mesmo e da era do Espírito Imortal. Chamados para esta luta que começa no país da consciência e se exterioriza na indimensionalidade geográfica, além das fronteiras do lar, do grupo social, da pátria, em direção do mundo, lutai para serdes escolhidos. Perseverai para receberdes a eleição de servidores fiéis que perderam tudo, menos a honra de servir; que padeceram, imolados na cruz invisível da renúncia, que vos erguerá aos páramos da plenitude. Jesus, meus filhos – que prossegue crucificado pela ingratidão de muitos homens –, é livre em nossos corações, caminha pelos nossos pés, afaga com nossas mãos, fala em nossas palavras gentis e só vê beleza pelos nossos olhos fulgurantes como estrelas luminíferas
no silêncio da noite.
Bezerra


Ser espírita (Trecho da mensagem psicofônica “O Brasil e a sua missão histórica de ‘Coração do mundo e pátria do Evangelho’”, recebida por Divaldo P. Franco, na Reunião do CFN, em 6/11/1988.)


Fonte: Bezerra de Menezes, ontem e hoje. 4. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB,
2009. Cap. 23, p. 184-185. Título da Redação.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Past Life - Novo seriado da FOX 2010

Mais um seriado com o tema de reencarnação e vida após a morte estréia na TV (FOX) em fevereiro de 2010. Apesar da inclusão no tema mais uma vez em seriado policial, a questão da reencarnação é bem discutida aqui.

Vamos ao artigo!
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Você alguma vez já experimentou um "déjà vu" ou conheceu alguém que lhe pareceu familiar?

Você acredita em carma, destino e amor à primeira vista?

Do escritor David Hudgins (Friday Night Lights), e inspirada no livro "The Reincarnationist", de MJ Rose, chega PAST LIFE (Vidas Passadas), um novo drama sobre uma improvável dupla de detetives de vidas passadas, que investigam o que está acontecendo com você hoje com base em quem você era no passado.

A Dra. Kate McGinn (Kelli Giddish, "All My Children") não é uma típica psicóloga. Confiante, sincera e altamente educada, ela trabalha no Centro de Saúde Comportamental de Nova Iorque, um instituto renomado mundialmente dedicado ao estudo da ciência da alma. Depois de experimentar uma sessão de regressão aos 20 anos, Kate se tornou uma crente em reencarnação.

Utilizando regressão terapêutica e seu dom natural para a leitura de pessoas, Kate ajuda a solucionar os mistérios dos seus clientes problemáticos que sobre nos dias de hoje por causa dos traumas obtidos em vidas passadas. Ela acredita que existem níveis de consciência e teorias sobre o comportamento humano que a ciência não consegue explicar.

Seu parceiro, Price Whatney (Nicholas Bishop, "Home and Away"), é outra história. Um antigo detetive de homicídios do Departamento de Polícia de NY, pragmático e cínico, Price é uma alma danificada por tristeza e culpa pela morte acidental de sua esposa. Enquanto Kate colabora com seus conhecimentos científicos, Price colabora som suas habilidades de detetive e juntos eles formam uma formidável e funcional equipe.

Cada episódio mostrará Kate e Price trabalhando com seus colegas para desvendar um novo mistério envolvendo as vidas passadas de seus clientes. Este seriado está gerando grande expectativa por parte dos tele-espectadores.

Estreia a 11 de Fevereiro

Trailer:

Mistérios nas gravações do filme Chico Xavier

Por: Patricia de Paula

Image As gravações do filme sobre a vida do médium Chico Xavier foram marcadas por vários casos que, certamente, são uma história a parte. As filmagens tiveram uma atriz vendo o médium, figurante incorporando um espírito e outros mistérios, como a chuva que parava misteriosamente a cada novo dia de gravação. Nelson Xavier, ator que interpreta o papel principal, conta que sua ligação com Chico foi muito além do sobrenome igual.

- Eu senti a presença dele o tempo todo. Foi o único personagem que eu pedi para fazer e, hoje, acredito em tudo o que ele disse e viveu. Cada vez que penso nele me comovo - disse Nelson, se emocionando novamente.

O ator lembra que, há muitos anos, estava num churrasco quando um rapaz sentou ao seu lado e perguntou se eu ia fazer o papel do espírita.

- Eu disse que não. Aí ele me respondeu que um passarinho havia dito isso para ele e que ele era espírita. Esse foi um dos sinais mais significativos para mim - diz Nelson, que acredita que Chico o escolheu: - Ele me acompanhou durante todo o percurso.

Segundo a atriz Renata Imbriani, que participou das filmagens, Chico realmente estava perto de Nelson. Ela, que é Espírita, conta que viu o espírito do médium durante uma gravação.

- Estava aguardando a minha vez de entrar em cena e o Nelson estava gravando. De repente, vi uma porta entreaberta de onde saiu uma luz muito grande. Era o Chico. Ele apoiou o braço direito do Nelson e ficou todo o tempo energizando ele. O incrível é que, quando ele toca o Nelson ele fica até com a fisionomia igual a do Chico - conta Renata que interpreta uma mulher que perdeu o filho.

Segundo a atriz Rosi Campos, o clima das filmagens foi marcado por uma emoção que parecia estar à flor da pele.

- Todos que estavam no filme queriam muito estar lá, isso criou um clima muito especial nas filmagens. Você se apaixona pela pessoa que ele foi. Foi muito emocionante.

O filme deve ser lançado em 2 de abril de 2010, quando o Chico faria 100 anos.

Emoção no jardim de Chico

No último dia das gravações, Nelson Xavier teve uma crise de choro. Depois, foi para o jardim, sentou num banco e, talvez sem saber, faz o que Chico costumava fazer ali mesmo: apóia as mãos sobre as pernas e olha para o céu. "Essa cena foi emocionante. Era o jardim dele, as rosas dele".

Até o tempo deu uma forcinha

Em Uberaba fazia um frio horrível e o diretor Daniel Filho disse para ninguém se preocupar porque no dia seguinte faria sol. Não deu outra. Fenômeno parecido aconteceu em São Paulo , quando chovia muito forte em toda a cidade. Só não caiu um pingo no local da filmagem.

Visita inesperada em reunião espírita

Segundo o diretor, teve uma filmagem de uma reunião espírita, em que, de repente uma senhora recebeu uma entidade. "Paramos a filmagem e esperamos a senhora se recompor".

Pomba branca mostra o caminho

A atriz Renata Imbriani conta que, antes de sair para gravar começou a rezar pedindo proteção. De repente, uma pomba branca entrou na casa e parou bem na frente dela. "Ela só foi embora quando eu saí. Pensei: estou no caminho certo. O tempo inteiro senti uma energia muito forte e tranquilizadora"

Fonte: http://extra.globo.com/lazer/materias/2009/09/27/misterios-durante-as-gravacoes-do-filme-sobre-vida-de-chico-xavier-767800542.asp

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DICAS: Edição para boas filmagens 02

Continuando...
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Programas para manipulação de fotos x edição de vídeo

Programas para manipulação de fotos, como o Abobe Photoshop por exemplo, podem ser empregados durante a edição de vídeos. A maioria dos programas de edição aceita arquivos gerados em outros, como na dupla Photoshop e Premiere. Neste exemplo, imagens criadas utilizando layers podem ser importadas para dentro do Premiere - uma layer por vez. Fundos para títulos podem ser criados através de diversas funções de manipulação de imagens e desenhos do programa de tratamento de imagens.
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Strobe

Para salvar trepidação
cenas que se tornariam inaproveitáveis devido à trepidação acidental da câmera podem ser "salvas" se o efeito strobe for acrescentado às mesmas, iniciando-se um pouco antes e terminando um pouco depois do trecho com problema. A dica aqui é disfarçar a trepidação com "mais" trepidação.

sugestão: criando elementos inexistentes pode-se usar o poder da sugestão na criação de elementos inexistentes em determinada cena, apenas editando-se determinadas cenas uma após outra. Um dos 'clichês' mais comuns consiste em mostrar um prédio visto de baixo para cima e a seguir uma cena dentro de um escritório. Embora na quase totalidade das vezes o referido escritório não encontre-se no prédio em questão e sim em um estúdio, para quem assiste o poder da sugestão funciona: tem-se a impressão de que a cena passa-se dentro do prédio mostrado.

Existem diversas outras variações deste truque. Mostrar um ônibus estacionando na calçada em uma cena e na próxima alguém descendo de um caixote colocado na calçada é uma delas; neste caso, basta na segunda cena excluir o caixote do enquadramento e fazer o corte inicial da cena a partir do ponto médio entre o início e o fim da descida, para transmitir a idéia de que a pessoa desceu do ônibus mostrado. O som (barulho do motor) é um elemento muito importante neste caso: a trilha sonora da primeira cena deve ser mantida durante a segunda cena. A idéia básica é a mesma, quer seja utilizado o ônibus ou um helicóptero (ventilador atrás do caixote) ou um trem (grupo de pessoas atrás "saindo" e "entrando").

As possibilidades são inúmeras: mostrar o balcão de caixas em um Banco e depois, em close, mãos trocando um cheque por dinheiro (cena que pode ser gravada em outro lugar), um pescador puxando com grande esforço a linha através do caniço (cujo anzol foi amarrado a uma pedra no fundo d'água) e depois o mesmo posando ao lado de um enorme peixe preso no mesmo caniço, a cena (também 'clichê') onde alguém é mostrado do lado de fora batendo na porta de uma casa e entrando, para a seguir ser mostrada outra cena feita do lado de dentro da casa (na verdade um estúdio), etc... etc.... Basta usar a criatividade, sempre levando-se em conta a regra: o vídeo é uma janela, através da qual o mundo é observado; o que não se vê através dela mas é sugerido, tem existência "real" na mente do expectador.


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Surround: aproveitando um sistema de home theather já existente para se trabalhar com surround em um sistema de edição não linear, é necessário que o computador possua uma placa de som que suporte multi-canal, além de caixas de som apropriadas, normalmente 5, duas posicionadas à frente do observador (lado esquerdo e direito), duas atrás (idem) e uma para frequências baixas, o subwoofer (que não exige posicionamento especial). Uma opção, se já existir um sistema de home theather montado próximo ao local da estação de trabalho, é instalar no computador uma placa de som que possua saída óptica de áudio. Com o uso de um cabo óptico, é possível conectar esta saída a uma entrada auxiliar do mesmo tipo no amplificador do home theather (algumas vezes utilizada para entrada de áudio de um DVD player por exemplo). Uma das vantagens dessa montagem é poder testar o áudio surround em um sistema de home theather já montado com essa finalidade, ao invés do arranjo das caixas ao redor da ilha de edição, nem sempre um local acústico apropriado para essa finalidade, devido ao posicionamento das caixas (distância), revestimentos do local, ruídos, etc...


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Swish pan

Durante a fase de edição, um movimento específico da câmera pode ser utilizado como transição entre uma cena e outra: trata-se do swish pan. Este tipo de transição, que surgiu com os antigos noticiários em forma de filmes para separar uma notícia de outra é muito fácil de ser feito: basta efetuar uma panorâmica rápida com a câmera, em velocidade suficiente para desfocar a imagem, transformando pontos luminosos em riscos na tela. Quanto mais elementos tiver a cena durante a panorâmica, melhor: um céu azul não formará o efeito por exemplo, o oposto do que acontecerá com um tapete decorado no chão ou o público em uma arquibancada.


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Títulos x aparência dos mesmos na TV quando gerados no micro deixar sempre margens de segurança nas bordas: o aparelho de TV 'corta' sempre um pequeno pedaço da imagem, tanto na direção vertical como na horizontal.


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Títulos x cores evitar cores facilmente saturáveis no monitor de vídeo, como o vermelho por exemplo.

Títulos x cores na TV quando gerados no micro verificar sempre através de um monitor de TV as cores, antes de efetuar a gravação: a maioria das cores não é reproduzida da mesma maneira no micro e na TV, em termos de tonalidade, brilho, etc...


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Títulos x cuidados no scrolling

Como a quase totalidade dos televisores funciona no modo interlaced (campos alternados desenhados na tela, primeiro as linhas pares, depois as ímpares, de novo as pares e assim por diante), alguns cuidados devem ser tomados no scrolling vertical de títulos (rolagem vertical das linhas de texto). Se a velocidade de rolagem for muito baixa, é possível que ocorra a situação de determinados pedaços das letras (traços horizontais) ficarem piscando momentaneamente, se esses trechos caírem justamente em cima de uma ou duas linhas alternadas do sinal de vídeo. Como cada campo aparece de modo alternativo em relação ao outro, o trecho passará a piscar (flicker), apresentando assim aspecto ruim. A dica é ajustar a velocidade de rolagem para pelo menos 2x a velocidade de desenho das linhas na tela. Isso corresponde, de modo geral, a um tempo em torno de 4 segundos para a linha percorrer, verticalmente, a tela de baixo para cima (geralmente o scrolling é feito nesse sentido).


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Títulos x criatividade

Softwares de edição de vídeo geralmente incluem um módulo agregado para geração de textos, através do qual inúmeros tipos e formatos de títulos podem ser criados. Na edição linear - com menos possibilidades - é possível gerar títulos com tituladores. No entanto existe uma outra possibilidade, quase nunca explorada, que pode tornar um título criativo e diferenciado. Trata-se da opção de compô-lo na câmera, antes da fase de edição. Além da gravação de placas e de títulos impressos em papel, tem-se a opção de montá-los através do uso dos mais diferentes tipos de materiais. Alguns exemplos, nos quais transições existentes na própria câmera, como dissolve, podem ser utilizadas:

Escrever com guache em papel cartão; escrever com pincel atômico; usar giz em uma lousa; usar blocos de madeira/plástico de jogos infantis com letras; idem utilizando a função time-lapse (algumas câmeras não possuem) que grava alguns segundos e pára automaticamente (momento em que uma nova letra é acrescentada);

Usar pedaços de palitos de fósforo; idem opção time-lapse; colocar um vidro grande na frente da câmera e pedir para alguém escrever com tinta spray com a câmera ligada (posteriormente na edição inverter a imagem horizontalmente para a escrita tornar-se legível); riscar na areia da praia; ir jogando cartões com as inscrições uns sobre outros, em cima de uma mesa; ir virando as páginas de um livro real (existe o efeito virtual em software); big-close em uma máquina de escrever; ir desvirando as peças de um dominó, com time lapse, onde do outro lado aparecem as letras; usar batom em um espelho ou vidro; mostrar letreiros 'escondidos', como plaquinhas em um sanduíche; close de mãos abrindo um convite; gravar os títulos aparecendo em uma tela de monitor de microcomputador; idem na tela da TV; usar tinta à óleo sobre tela; usar tiras plásticas escritas por rotuladores; usar bordado em tecido; carrinho de brinquedo caminhando sobre mapa para indicar determinado percurso (com time lapse); enfim, as possibilidades são inúmeras.


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Títulos x efeitos de iluminação sobre papel

Títulos impressos em papel, quando gravados, permitem efeitos interessantes obtidos através da iluminação dos mesmos. Assim, colocando-se por exemplo uma lanterna deitada, acesa ao lado da borda do papel, é possível criar efeitos de fachos de luz iluminando as letras lateralmente. Variações podem ser obtidas com o uso de mais de uma lanterna ou com celulóides coloridos sobrepostos às mesmas. É possível também movimentar lentamente a lanterna durante a gravação (facho 'varrendo' o texto de alto a baixo), ou destacar a rugosidade da textura do papel colocando-a muito próximo da superfície do mesmo. Opcionalmente a lanterna pode ser trocada por uma luminária elétrica.


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Títulos x fontes de linhas finas

Fontes com traçado fino em suas linhas devem ser evitados, não só por terem legibilidade menor, mas também por sofrerem mais com a compressão da imagem, comum por exemplo no momento de fazer-se uma autoração, gerando um DVD cujo conteúdo, em MPEG2, é criado a partir de um original em ".avi". O processo de compressão apresenta com frequência os chamados "artefatos de compressão", tanto mais visíveis quanto maior for a taxa de compressão aplicada. Alguns trechos podem ter pixels aparecendo com uma "sombra colorida" à sua volta por exemplo. Isso é mais comum em regiões da imagem com bordas contendo alto contraste, e aplicado a finas linhas das letras de alguns fontes torna a aparência dessas linhas um pouco "borrada", fato notado principalmente em televisores de baixa resolução. A dica então é procurar evitar esses tipos de fontes, optando pelos de traçado mais espesso.


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Títulos x fontes do tipo sans serif

Em fontes de letras, o termo "serif" indica as pontas finas que fazem parte do desenho das letras. Assim por exemplo, o fonte "Times New Roman" possui as extremidades da letra "S" maiúscula em forma de pontas afinadas, o mesmo não acontecendo para os fontes Arial e Helvética. Para melhor legibilidade em vídeo (cujo conteúdo pode vir a ser mostrado não só em grandes telas com boa definição com em telas pequenas de TVs convencionais) o ideal é utilizar fontes com letras sem essas pontas, conhecidos como "sans serif" (sem serif).


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Títulos x gravação no VCR a partir do micro

Se o micro possuir saída de vídeo NTSC, basta conectá-la à entrada de vídeo do VCR (normalmente plugs do tipo RCA); a imagem mostrada na tela do micro será gravada na fita. Se esta saída não existir, é possível conectar ao sistema um aparelho denominado scan converter, que converte o sinal de imagem do micro (non-interlaced) para o sinal de imagem utilizado no vídeo (interlaced). A saída do sinal de vídeo da CPU do micro, antes ligada no monitor de vídeo, passa a ser ligada na entrada deste aparelho, que divide o sinal e emite dois sinais em sua saída. Um deles é direcionado para o monitor de vídeo do micro, o outro para a entrada de vídeo do VCR.


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Títulos x impressão em papel brilhante

Evitar imprimir em papéis (para impressora jato de tinta) do tipo 'papel brilhante' para impressão de fotos e gráficos e também em filmes para transparências: estes tipos de materiais refletem a luz facilmente, tornando mais difícil a eliminação dos reflexos.


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Títulos x impressão em papel para uso posterior do zoom

Imprimir o título em tamanho de fonte bem pequeno, o menor possível. Focalizá-lo com o zoom ajustado para o valor máximo de tele. Travar o foco. Então, iniciar a gravação, efetuando zoom out bem lentamente, através do uso do controle remoto da câmera (para evitar vibrações na mesma decorrentes da operação manual da tecla de zoom). O inverso também pode ser feito (aproximação), e recursos de efeitos da câmera podem ser utilizados, como dissolve no início/fim da gravação.

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Títulos x impressora jato de tinta

Desenhar em um microcomputador títulos para depois imprimí-los em uma impressora de jato de tinta colorida gravando-os a seguir pode gerar bons resultados. Após a impressão, a folha deve ser deixada de lado por alguns minutos até a tinta secar completamente, tomando-se o cuidado extremo de não curvá-la / flexioná-la: o papel assimila facilmente ondulações permanentes, difíceis de serem removidas. Estas ondulações, no momento da gravação, ficarão visíveis uma vez que a iluminação utilizada sempre é a lateral.

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Títulos x kerning de fontes

Compor um título na tela do micro da estação de edição é bem diferente de tentar lê-lo na tela de um televisor: a distância não é a mesma e a resolução da tela não é a mesma. De longe, com menor resolução, textos podem ficar difíceis de serem lidos. Uma providência que pode ser útil (em alguns casos), é aumentar o espacejamento entre as letras do título, algo como fazer (a a a a) ao invés de (aaaa). O espaçamento de caracteres recebe nos softwares de edição de textos o nome "kerning". Ajustando-se o valor do kerning utilizado, pode-se afastar todas as letras de uma só vez, umas das outras, ou então aproximá-las, dentro de um certo limite de espaço, melhorando sua legibilidade.

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Títulos x legibilidade na TV

Quando gerados no micro a resolução da tela de TV é menor do que a do micro: títulos que se parecem ótimos no micro podem não ser bem legíveis na TV. Para tanto, evitar tipos pequenos, com detalhes e muitos recortes e verificar sempre o aspecto do mesmo em um monitor de TV antes de efetuar a gravação.

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Títulos x linhas finas horizontais

Linhas finas horizontais, geralmente empregadas em páginas da Internet para separação de assuntos e setores, devem ser evitadas no vídeo. Como a quase totalidade dos televisores funciona no modo interlaced (campos alternados desenhados na tela, primeiro as linhas pares, depois as ímpares, de novo as pares e assim por diante), é possível que essa linha fina venha a cair justamente em cima de uma ou duas linhas do sinal de vídeo. Com, isso, como cada campo aparece de modo alternativo em relação ao outro, a linha passará a "piscar" (flicker), apresentando assim aspecto ruim.
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Títulos x posicionamento

Quando gravados a partir de papel títulos impressos em papel podem ser posicionados em um suporte de partitura para serem gravados ou então fixados em uma parede. Outra possibilidade é no chão ou na superfície de uma mesa. Em todos os casos descritos é imprescindível o uso de um tripé para fizar a câmera e esta deve ser posicionada de modo que a linha que liga a lente da câmera ao papel fique perpendicular ao mesmo. Se isto não for feito, ocorrerão distorções nas linhas retas das letras. Ainda em favor da estabilidade da imagem é o uso do controle remoto (se a câmera o tiver) para controlar o Rec/Pause durante a gravação. Alguns controles permitem até mesmo ajustar o nível do zoom utilizado.

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Títulos x posicionamento de elementos


O olho humano está acostumado a ler, nas culturas tradicionais ocidentais, da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim, ao compor imagens em um título, como fotos, palavras, etc..., essa forma de leitura deve ser respeitada. Na verdade, o que deve ser feito é prever que o espectador irá procurar ler dessa maneira. Assim, dispor, por exemplo, um texto com várias linhas no centro de duas imagens menores do que o comprimento vertical do mesmo, uma à sua esquerda e outra à sua direita, fará com que o espectador veja a imagem da esquerda, começe a ler o texto, pare para ver a imagem da direita, volte para o texto, ou então veja a imagem da esquerda, depois a da direita, depois volte para o texto. Um arranjo melhor e mais lógico consiste em colocar as imagens à esquerda, mais acima, depois, á direita, mais abaixo o texto. Este é somente um exemplo, simples, mas a dica é seguir a regra da leitura para uma melhor comunicação.

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Títulos x projeção de slides / transparências

Na montagem de títulos, uma opção interessante pode ser o uso de um projetor de slides ou de transparências. Projetar a imagem do slide sobre objetos - cortinas, paredes com textura, etc.., pode gerar efeitos interessantes. Outra opção é projetar sobre a pele de uma pessoa e captar a seguir a imagem. No caso do projetor de transparências, após gerar as letras do título no micro e imprimí-las nas transparências, projetá-las sobre objetos diversos - um pedaço de madeira, um tecido extendido, etc... A idéia é compor na imagem, o fundo - superfície da madeira por exemplo - com as letras. Colocar a câmera ao lado do projetor se não for desejada distorção na imagem ou não, se a distorção fizer parte do título a ser montado. Pode-se trabalhar com o foco do projetor, a distância do mesmo à superfície onde a imagem se forma, etc...

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Títulos x quantidade de fontes

Assim como estabelecem as regras da boa comunicação na imprensa escrita e na Internet, também no vídeo altumas delas são válidas. Como a que diz que a quantidade de fontes diferentes deve ser restrita. Não mais do que 2 ou então 3 tipos diferentes de fontes deve ser utilizado em determinado trabalho. O uso de poucos fontes permite obter concisão na comunicação, passando o fonte x ou o fonte y a ter significado específico. Assim, por exemplo, em um vídeo de propaganda de uma empresa, toda vez que aparecer o nome de um produto é utilizado o mesmo fonte (tipo, tamanho, cores e efeitos), outro fonte é reservado para texto comum, etc...

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Títulos x sombreamento do fonte

Alguns recursos do editor de textos existente nos programas de edição-não-linear podem ser utilizados para melhorar a legibilidade das letras nos títulos. Um desses recursos é o contorno (outline), útil principalmente para destacar as letras de determinados fundos com cor parecida com a das mesmas. Sombras melhoram ainda mais a legibilidade, dando a impressão de que as letras tem 3 dimensões, destacando-se do plano de fundo.

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Títulos x tamanho do fonte empregado

Deve sempre ser lembrado que o que é legível na tela do micro da estação de trabalho deverá ser legível também na tela comum da TV, muitas vezes vista à boa distância, em condições péssimas de iluminação ambiente e em uma TV com baixa resolução. Assim, o ideal é fazer alguns testes iniciais até determinar o melhor tamanho a ser empregado. Muito pequeno resulta em pouca legibilidade e muito grande, em um aspecto amador. O ideal é um tamanho intermediário, mas ainda assim, maior do que o normalmente empregado em títulos em programas de edição de texto.

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Títulos x vampirismo

Bo momento de colocar algum título sobre uma imagem, deve-se ter em mente que o título, e somente ele (suas letras), é importante. Programas de edição permitem o uso de efeitos os mais variados possíveis, como colocar uma moldura ao redor da imagem com o título ao centro por exemplo. Como opção, essa moldura pode ser animada, com variação de formas e cores. O resultado final é que a moldura acaba chamando mais a atenção do expectador do que o próprio título, "sugando" sua atenção, daí o termo "vampirismo" para esse problema. Existem diversas situações e variações de vampirismo. Letreiros podem ser utilizados durante um programa para indicar por exemplo o nome de alguém concedendo uma entrevista. Neste caso, sua única finalidade é informar o nome e por isso, deve ser o mais simples e discreto possível. O expectador deve ter sua atenção desviada somente para ler o título e voltar a ver a imagem, e não para ficar observando alguma animação interessante efetuada sobre o mesmo. Já na abertura de um programa por exemplo, tudo o que se quer é chamar a atenção sobre o título, caso inverso, onde ele é o mais importante e portanto pode receber todo o destaque possível.

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Títulos x vazamento de cor

Determinadas cores, como o vermelho, devem ser evitadas em títulos, pois o vídeo possui tendência a "vazá-las" para fora da área delimitada pelas letras. Assim, enquanto a cor azul por exemplo permanece dentro dos limites do contorno de uma determinada letra, variações de tons vermelhos, especialmente os mais vivos, podem extravasar ligeiramente esses limites (o chamado "vazamento"), na forma de pequenos borrões em cima dos contornos. O problema, praticamente inexistente na tela do computador, certamente aparecerá na tela do monitor ou TV alimentada com o sinal de vídeo. Se for necessário o uso dessa cor, uma forma de amenizar bastante o problema é usar um contorno externo às letras (outline) na cor preta.

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Títulos x viagens

Gravar alguns segundos de closes de placas indicativas dos locais, setas indicativas na estrada, placas colocadas em parques, ruas, postes, etc... pode render excelentes títulos no momento da edição.

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Títulos x tamanho da tela

Ao colocar um título no trabalho deve ser levada em conta uma margem em todos os lados (superior, inferior, esquerdo e direito); os aparelhos de TV geralmente 'cortam' alguns centímetros das bordas da imagem, uns mais, outros menos e um título perfeitamente ajustado em uma das margens pode ter sua leitura prejudicada quando exibido. Uma regra segura portanto é deixar sempre uma boa margem nos lados.

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Títulos x tempo na tela

Títulos devem ser mantidos na tela o tempo suficiente para que o público possa lê-los mas... como calcular este tempo? Uma regra simples é calcular o tempo lendo o texto em velocidade menor do que a habitual, imitando alguém com leitura vagarosa; se para este tipo de leitura o tempo for suficiente, com certeza também será para os demais assistentes.

Títulos x zoom: Para títulos gravados a partir de papel impresso, posicionar a câmera entre 2 a 1 palmo de distância do papel permite a utilização de um nível adequado de zoom - dependendo do tamanho das letras. A idéia aqui é de que se a câmera está muito longe do papel, será necessário aproximar o zoom, o que diminui distorções ópticas típicas da posição grande angular, porém deixa a câmera mais vulnerável a imagens tremidas, se acidentalmente a mesma for movida. Por outro lado, se a câmera estiver muito perto do papel, o ajuste do zoom necessário pode ser grande angular, causando as distorções citadas acima.

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Uso da saída HDMI

Existente em algumas câmeras de vídeo a presença de conectores do tipo HDMI (High-Definition Multimedia Interface) tornou-se comum em algumas câmeras, principalmente do segmento consumidor. Este tipo de conexão para áudio e vídeo em alta definição (HD) também é encontrado com frequência em home theaters. E, de fato, transmite um sinal HD com a maior qualidade possível gerada pela captura da câmera, normalmente 1080 x 1920 pixels (full HD). No entanto, este sinal diminui de qualidade ao ser gravado na mídia existente na câmera, como por exemplo em uma fita HDV. Nesta, as imagens são comprimidas (bastante comprimidas no caso do HDV por exemplo, através do codec MPEG2) antes de serem gravadas. O que ocorre então é que o sinal através do conector HDMI pode ser emitido antes ou então depois de ser gravado na fita (ou cartão). Antes, se a câmera estiver trabalhando "on-line", registrando um evento ao vivo por exemplo. E depois, se a câmera estiver reproduzindo o conteúdo gravado na fita/disco, já comprimido. O sinal somente terá então qualidade full HD se captado antes da gravação, na situação de câmera transmitindo ao vivo. Neste caso, ele pode ser levado até um computador mantendo essa qualidade: existem placas de captura especializadas em tratar sinais desse tipo, onde existem 2 conectores HDMI, um de entrada e outro de saída.

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Uso de efeitos de transição

O uso de efeitos de transição entre uma cena e outra deve ser o menor possível. Embora a maioria dos softwares de edição-não-linear apresentem centenas de efeitos, a quase totalidade das transições deve ser feita em corte seco (corte simples, sem efeito algum, apenas justapondo-se uma cena à outra). O efeito só deve ser utilizado quando for realmente necessário para acrescentar alguma informação ao que está sendo mostrado - por exemplo a imagem que fica ondulando e se funde com outra, para remeter a algo que ocorreu no passado. A tela que se divide verticalmente ao meio, para mostrar duas ações ocorrendo simultaneamente, os fade-in / fade-outs (início / fim de uma história) e outros podem ser utilizados, sempre criteriosamente. Mas o excesso de efeitos de transição, colocados sem motivo, chama a atenção do expectador para a transição - e não para o que está sendo mostrado no vídeo, passando uma idéia amadorística e tornando o programa cansativo e pouco atraente. Novamente, tudo depende da aplicação: comerciais, vinhetas e chamadas na TV por exemplo beneficiam-se desses efeitos, justamente para chamar a atenção.

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Uso do controle remoto com a câmera

Apontando para baixo muitas vezes, durante a gravação de imagens situadas em uma superfície plana, com a câmera em um tripé apontando para baixo (títulos por exemplo), o sensor do controle remoto infravermelho fica voltado para baixo, dificultando o acionamento da câmera a partir do mesmo: é preciso posicionar o controle lateralmente à câmera (para não atrapalhar o campo de visão), abaixo da mesma e apontá-lo para cima, em direção ao sensor, geralmente localizado próximo à lente na maioria das câmeras. Lembrando que infravermelho é uma luz como outra qualquer, só que invisível aos olhos do ser humano, pode-se usar as mesmas propriedades da luz visível. Assim, colocando-se ao lado da superfície acima mencionada uma lâmpada desligada e fixa verticalmente em um soquete, do tipo 'bulbo espelhado' , a mesma torna-se um espelho côncavo: apontando-se o controle para a lâmpada, os raios serão refletidos para o sensor da câmera. Espelhos comuns e metais polidos também funcionam, ainda melhor se tiverem superfície côncava para facilitar a reflexão a partir de qualquer ponto.

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Velocidade de gravação de discos ópticos

Diferentes tipos de gravadores possuem diferentes velocidade de "queima" dos discos. Por outro lado, os discos ópticos (CDs e DVDs graváveis) também possuem velocidades máximas com que podem ser gravados. Essas velocidades são identificadas pelos gravadores assim que iniciam a leitura e reconhecimento de uma nova mídia neles colocada. Assim, não adianta possuir um gravador rápido se a mídia não suporta sua velocidade: a velocidade menor da mídia é que será o fator limitante no processo.

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Vídeo para Internet ou CD-ROM


Deve possuir o menos possível de movimentos e possuir poucos detalhes na imagem ou no fundo do primeiro plano. Um vídeo gravado e editado desta maneira ficará melhor quanto visto através da Internet ou CD-ROM do que outro com cenas de movimentos rápidos e cheio de detalhes, por causa do pequeno tamanho e da pouca resolução da imagem.

Os algoritmos de compressão utilizados para reduzir o tamanho das imagens beneficiam-se enormemente de padrões repetidos na imagem, ou seja, uma área da imagem (ex. fundo) com cor e textura uniforme, pode ser comprimida de maneira muito mais eficiente do que outra com excesso de detalhes. Em outras palavras, um conjunto semelhante de pixels pode ser descrito com pouca informação (a dimensão da área ocupada e a cor dos pixels, informada uma única vez pois todos tem a mesma tonalidade). Já um conjunto de pixels quase todos diferentes uns dos outros exigirá a descrição individual quase que de pixel a pixel.

É por este motivo que o vídeo será comprimido de maneira mais eficiente e com melhor resultado visual final se algumas dicas forem seguidas, como a redução de movimentos e detalhes já citada. Outras dicas incluem o uso de tripé com a câmera imóvel na gravação (faz com que o fundo não mude constantemente como ocorreria com a câmera na mão), o pouco ou nenhum uso do zoom (pelo mesmo motivo) e o fundo desfocado (elimina detalhes ou pelo menos os tornam mais suaves). A boa iluminação da cena também contribui bastante: uma imagem granulada é o mesmo que uma imagem cheia de detalhes: cada granulação terá que ser comprimida individualmente.

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Bem, é isso então pessoal, espero que essas dicas sejam úteis para alguém!

Abração e até!

DICAS: Edição para boas filmagens 01

Que fazer umas filmagens? Então leia as dicas e "mão na massa!"

Narração

Acrescentando narração a um vídeo
sempre que possível a dica é escrever primeiramente o texto a ser narrado, depois gravá-lo e a seguir levá-lo para o programa de edição. Desta forma, é bem mais fácil ajustar as imagens de que se dispôe do que fazer a narração em tempo real (assistindo as imagens). Embora em alguns casos a narração em tempo real seja o que realmente se deseja fazer, em muitos outros pode ser mais fácil a edição com o conteúdo previamente gravado.

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Ajustes

Ajuste de brilho / contraste x detalhes na imagem imagens superexpostas ou subexpostas, por serem excessivamente claras / escuras carecem de detalhes, que são normalmente formados pelos meios tons. Se no momento da captura foi utilizado o ajuste automático de exposição, geralmente isso não ocorre para a imagem como um todo e sim para trechos dela. Por outro lado, com ajustes manuais, pode ocorrer da imagem toda ter ficado completamente clara ou completamente escura. Quando isso ocorre, é possível ajustar o brilho / contraste das mesmas, através de controles existentes na maioria dos programas de edição.

Esta operação normalmente revela detalhes presentes nas imagens praticamente "escondidos" devido à superexposição ou à subexposição. No entanto, quanto mais clara ou mais escura for a imagem ou o trecho dela, mais difícil será a recuperação dos detalhes ali existentes através da manipulação do brilho / contraste. Isso porque esses ajustes tentam ampliar a diferença existente entre os pixels claros / escuros na imagem, na tentativa de assim recuperar a definição de detalhes perdida. No entanto, se a imagem for muito clara ou então muito escura, praticamente não existe diferenciação que possa ser ampliada. Assim, não será possível recuperá-la durante o processo de edição. A dica é evitar esses extremos de exposição já durante a captura na câmera, sabendo-se que será praticamente impossível sua recuperação na pós-produção.

Ajuste de cores, efeitos durante a fase de edição, alguns efeitos interessantes podem ser conseguidos manipulando-se as cores - ou ausência de - da imagem. Uma dica é transformar a imagem colorida em monocromática, retirando toda sua cor (fazendo o componente "saturação" ser zero). A partir deste ponto, diferentes filtros coloridos podem ser aplicados, resultando nos mais variados efeitos.

Ajuste de cores, monitor e televisor ao efetuar ajustes finos na tonalidade das cores de determinada cena através de um software de edição-não-linear, deve ser levado em conta o fato de que a qualidade da reprodução das cores de um monitor de computador (onde o vídeo é visualizado através do software de edição) é bem diferente da de um televisor comum. Enquanto que este é capaz de reproduzir cerca de 2 milhões de tonalidades diferentes de cores, um monitor de computador trabalha geralmente com 16 milhões de tonalidades, oito vezes mais. Assim, após cada ajuste mais detalhado ou sutil na tonalidade das cores de uma determinada imagem feita na ilha de edição-não-linear, é conveniente sempre checar a aparência da mesma imagem em um televisor comum.

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Som (ajustes)

Ajustes de áudio ao iniciar projeto de edição em DV embora a maioria dos programas de edição já especifiquem, ao ser aberto um novo projeto, valores otimizados para o trabalho com o áudio, vale a pena lembrar: o ideal é utilizar os ajustes 16bits para a taxa bit depth (profundidade das amostras de áudio, ou seja, quantas amostras diferentes podem ser empregadas no seu registro; o número 16 em binário corresponde a 65.535 amostras) e 48Khz para a taxa sample (sample rate), o que equivale e 48.000 amostras efetuadas por segundo.

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Alterando a velocidade de um clipe um determinado trecho de vídeo pode, na fase de edição-não-linear, ter sua velocidade aumentada ou diminuída. Isso é feito facilmente nesses programas através de uma função específica para essa finalidade, como por exemplo a "speed" do Adobe Premiere. No entanto, antes de aplicar o efeito, quer aumentando ou diminuindo a velocidade, a dica é fazer com que o trecho a ser alterado passe por um processo de deinterlace. Esse processo combina os campos par / ímpar alternados que compõem os quadros da sequência de vídeo em um único campo contendo todas as linhas (como ocorre no modo progressive scan). A função, denominada "deinterlace" (ou "flicker removal" no Adobe Premiere por exemplo) tem a finalidade de evitar pulos, trepidações e instabilidades na imagem após alterar-se sua velocidade.

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Antes e depois ao gravar uma cena, iniciar a gravação alguns segundos antes do início da ação propriamente dita e interromper a mesma alguns segundos após o término da mesma facilita o trabalho de corte no momento da edição.

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Color bars no início da fita na geração de uma fita com o resultado final do programa editado, é interessante iniciar com 10 segundos a 1 minuto do sinal color bars. Estas barras verticais coloridas poderão auxiliar o ajuste do monitor de vídeo ou do aparelho de TV de quem assistirá a fita. Algumas câmeras do segmento semi-profissional podem gerar esse padrão através da seleção de opções em um menu. Neste caso, a câmera pode ser utilizada como fonte do sinal color bars. Existem também pequenos dispositivos eletrônicos que geram o color bars, além de alguns modelos de mixers e alguns softwares no micro.

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Continuidade do som ambiente a dica é para eventos, tais como uma festa de casamento, onde existe o som ambiente das pessoas comendo e conversando, muitas vezes com música ao fundo, ao vivo ou não. Na edição das cenas, se não utilizada uma música e sim for desejado o uso do som ambiente, o mesmo ficará totalmente truncado, devido aos cortes cena a cena. No entanto, durante a gravação no local, pode-se ligar a câmera e mantê-la em gravação contínua durante alguns minutos.

O som captado poderá ser utilizado como trilha sonora na edição, fazendo com que desapareçam as partes truncadas, obtendo-se assim uma continuidade ilusória. Apesar de não corresponder efetivamente ao que está na imagem, o truque funciona, desde que as imagens que forem montadas tenham sido captadas preferencialmente com a lente aberta (grande angular), excluíndo detalhes em primeiro plano que poderiam eventuamente denunciar o efeito - pessoas falando sem som por exemplo. Outra dica, para facilitar a localização do som base (bed) durante a edição, é gravar com a câmera apontando para o chão ou com a objetiva coberta por exemplo.

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Corte seco e continuidade de movimento ao unir duas cenas utilizando corte seco (corte simples, sem utilizar efeitos de transições, como dissolve por exemplo), atentar sempre para a continuidade do movimento. Supondo por exemplo uma cena A, onde um garçon começa a encher um copo com vinho, sendo mostrado em um plano médio em que aparece além dele, também uma outra pessoa e o copo.

A cena B é um close do copo sendo enchido. Na gravação, será feita uma tomada (take) do copo em close sendo enchido desde o início. Porém na edição, haverá erro de continuidade de movimento se o copo aparecer na cena B com bem menos líquido do que estava quando a cena A foi cortada. Este é um exemplo simples, mas o conceito pode ser aplicado a qualquer junção de cenas através de corte seco onde haja continuidade de movimento. Existem exceções no entanto, quando se quer criar um efeito dramático de suspense, como ocorre em filmes onde alternam-se por exemplo as imagens da vítima e do monstro que caminha em sua direção vagarosamente, sendo que propositadamente a imagem do monstro volta sempre alguns segundos para trás, sobrepondo-se ligeiramente à imagem mostrada anteriormente, para ampliar o suspense.

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Corte seco e salto na imagem tradicionalmente um corte seco (corte simples, sem utilizar efeitos de transições, como dissolve por exemplo) no qual ocorre um salto na imagem (efeito conhecido como 'jump cut' é considerado um erro de edição. Um exemplo simples é subtrair alguns segundos de um trecho da gravação de alguém falando para a câmera. Haverá um salto abrupto da posição da pessoa de uma imagem para outra (a cabeça moveu-se durante os segundos suprimidos por exemplo). Outros elementos ao fundo também podem ter mudado de posição. A mesma situação também aplica-se em muitos outros exemplos: um carro passando na rua, uma pessoa caminhando na calçada, etc...

Existem no entanto alguns truques, que na verdade distraem a atenção dos assistentes, fazendo com que eles 'esqueçam' como era exatamente a cena A, dificultando assim sua comparação com a cena B. Um desses truques é usar o recurso do 'cutaway' , que insere durante breves segundos uma imagem entre as cenas A e B: um close das mãos da pessoa que fala por exemplo, um close do emblema do carro em movimento visto de frente ou dos sapatos da pessoa caminhado pela calçada.

Outro truque envolve a etapa de gravação, já prevendo-se este ajuste. Trata-se de variar o ângulo em que a pessoa é enquadrada na cena B, após a mesma ter feito uma pausa em seu discurso. Ou manter o enquadramento mas mover ligeiramente a alavanca do zoom aproximando a imagem, durante essa breve pausa da pessoa.

O reenquadramento ou o movimento do zoom serão cortados na edição e o resultado não parecerá um 'jump cut' devido à sua amplitude maior. Esta é outra característica do 'jump cut' : o salto na posição das imagens é pequeno, mas perceptível. Já um salto maior (como no exemplo do zoom acima) transmite a idéia de algo proposital, um rearranjo de posição ou enquadramento, não um erro. Esta é uma regra clássica, tradicional (evitar o 'jump cut') que no entanto é quebrada (e não considerada erro) na criação de efeitos em determinados tipos de filmes / vídeos, como videoclipes e comerciais por exemplo.

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Criando transições a partir de corte seco com a ajuda da escolha de determinadas cenas durante a fase de gravação, transições interessantes podem ser criadas em tempo de edição. Uma delas é a que combina as posições dos elementos centrais das cenas. Assim por exemplo, na cena 1 uma pessoa é enquadrada da cintura para cima caminhando na rua. No corte para a cena 2 o tipo de enquadramento continua, mas a pessoa agora caminha no corredor de um andar de escritórios de um edifício.

O posicionamento - distância entre a cabeça da pessoa e os limites da cena no visor deve ser mantido entre a cena 1 e a 2. Outra transição é a que combina formas semelhantes: a cena 1 termina com a roda girando de uma bicicleta em close, a cena 2 inicia com o close de um ventilador em uma sala. Tanto a roda como o ventilador devem ter as mesmas dimensões no enquadramento.

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Outra transição é a que combina cores semelhantes: enquadra-se a camisa de uma pessoa e a seguir o pano de uma bandeira, da mesma cor. Em um outro tipo, na cena 1 uma pessoa aproxima-se da câmera até bloquear totalmente sua visão; na cena 2, ocorre movimento inverso, porém com outra pessoa em outro local, que se afasta a partir do ponto de total bloqueio. Uma variação comum é a do carro que aproxima-se da câmera até bloquear completamente sua visão; a seguir o corte é feito para a traseira de um carro em close, que começa a se afastar da câmera.

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Cutaways no momento da gravação de determinado vídeo, obter pequenas cenas extras: se alguém está dando uma entrevista , gravar alguns segundos de algum detalhe como as mãos do entrevistado gesticulando por exemplo; se o que está sendo gravado é um jogo de handball, gravar alguns segundos com cenas do público assistindo, pessoas caminhando ao redor da quadra, close do símbolo do clube, etc... Estas imagens, chamadas "cutaways" , que podem ser capturadas não exatamente no mesmo momento em que o assunto principal está sendo gravado, são extremamente úteis no momento da edição: não só servem para cobrir algo que saiu errado na gravação principal (pessoa passando na frente do entrevistado por exemplo) como também para quebrar a sequência do assunto principal trazendo maior leveza ao resultado final. Uma dica útil portanto é trazer um bom estoque de "cutaways" a cada evento gravado.

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defrag este utilitário deve ser executado periodicamente no micro: a velocidade no acesso aos dados gravados em um HD é um dos ítens mais importantes em edição de vídeo e a mesma pode ser diminuída se os dados estiverem muito fragmentados no disco.

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Deslocando o som de uma cena para outra este efeito, conhecido como "sound bridge" é muito comum no cinema: alguns segundos antes do final da cena 1, troca-se seu som pelo som da cena 2. A atenção do expectador é despertada pelo fato dele passar a ouvir um som que não tem ligação alguma com a cena que ele está vendo, por exemplo o som de uma música dance enquanto alguém pára de escrever em um escritório e olha ao longe. A curiosidade do expectador é satisfeita quando ele vê a cena seguinte, que mostra pessoas dançando em uma danceteria, ao som da mesma música tocada ao final da cena 1, que não foi interrompida.

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Distorção causada por pixels retangulares x quadrados o aspecto visual de cada pixel, em termos de altura - largura, varia conforme o sistema utilizado. Assim, enquanto no formato DV NTSC os pixels são retangulares ("em pé", na proporção 1:0,9), em imagens criadas através de softwares gráficos em computadores os pixels são quadrados.

Isso faz com que desenhos e gráficos criados com esses softwares fiquem com aspecto "espremido" lateralmente quando exibidos na TV. Esse efeito é mais visível em imagens circulares, especialmente em círculos e circunferências, que mostram-se com formato ligeiramente oval ao serem apresentados na tela da TV. Uma dica para contornar isso é trabalhar, no software gráfico, com uma área (canvas) na proporção 720x540 pixels ao invés da tradicional 720x480.

A seguir, fazer o desenho dentro dessa área, mantendo o formato circular normal. Pronto o desenho, após selecionar o mesmo, produz-se um "esticamento" no aspecto lateral até que suas pontas esquerda e direita toquem nas margens da área canvas utilizada. O círculo, se for o caso, ficará distorcido (alargado). Porém, no momento da exibição na tela da TV, como existe a diferença de proporção nos pixels, a imagem 720x540 será transformada em uma imagem 720x480, eliminando assim a distorção.

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Duração de um programa: Eventos domésticos em eventos domésticos, como aniversários, festas, jogos, pequenas viagens, etc..., existe sempre a tendência, por parte de quem grava, de aproveitar ao máximo o material captado. Assim, o resultado final pode muitas vezes ser muito longo (30 minutos, uma hora, uma hora e meia...). Deve-se ter em mente que, via de regra, nenhuma das pessoas que irão assistir ao programa (por mais interessante que seja ou melhor que tenha sido editado) terão interesse maior sobre o mesmo do que a própria pessoa que captou as imagens e fez a edição.

Cenas que para o videomaker tem interesse devido a técnicas empregadas na câmera, técnicas empregadas no programa de edição, efeitos, etc..., não terão o mesmo significado para os assistentes. Normalmente estas pessoas - familiares por exemplo - estão interessadas no evento em si e não em como o mesmo foi ou não captado. Deve-se sim, ter os cuidados de sempre na edição, na captação e na montagem do resultado final, para que o programa não fique cansativo e monótono.

A dica é empregar o corte generoso de cenas, deixando somente as que melhor se destaquem, com os "melhores momentos" (em um vídeo de 60 minutos por exemplo, cortar 45 minutos). O tempo ideal para um programa deste tipo é 10 a 15 minutos. E um excelente parâmetro é a reação dos assistentes: quando as pessoas pedem para ver novamente o vídeo, ao seu término - coisa que provavelmente não farão com um vídeo muito longo. A comparação com a fotografia pode ajudar, lembrando que muitos trazem de uma longa viagem apenas um álbum com 24 fotos, ou seja, um clipe de 15 minutos é muito mais expressivo.

Como opção, pode-se fazer 2 versões do resultado final, o clipe com 15 minutos e um documentário com boa parte do que foi gravado, exibidos para públicos diferentes.

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Edição de imagens de um DVD pré-gravado e perda de qualdade um erro comum é tentar editar as imagens já gravadas em um DVD, transferindo seu conteúdo diretamente para um computador. Essas imagens estão gravadas em arquivos separados, de imagem e som, que são unidos pelo codec de reprodução no DVD player no momento de reproduzir o disco. Ao levar o arquivo de imagem para o computador, o mesmo continuará sendo o que é no disco, ou seja, um arquivo MPEG2.

A edição poderá ocorrer sem problemas, mas, ao fazer uma nova autoração para gerar um novo disco DVD, esse conteúdo será recomprimido, levando fatalmente a diversas falhas em seu conteúdo ao ser reproduzido, como por exemplo trechos com imagens trepidantes. Não é possível fazer esse tipo de edição sem perda de qualidade, a partir desse conteúdo em MPEG2. Assim, uma solução de contorno, que elimina esses problemas com perda mínima de qualidade, é reproduzir o disco em um DVD player e, utilizando uma saída analógica deste player, conectá-la à uma placa de edição no computador que possua entradas desse tipo. Desta forma o arquivo será capturado como um arquivo do tipo .avi (no caso dos formatos DV por exemplo) e poderá, após a edição, ser novamente comprimido em MPEG2.

Edição não-linear e degradação da imagem ao contrário do que pode-se pensar, a edição não-linear (edição feita em microcomputador) pode sim, causar degradação da imagem no resultado final em relação ao original captado. Se este original está no formato digital (MiniDV, Digital-8 por exemplo), a degradação normalmente não ocorre. Se, no entanto, estiver gravado em formato analógico, é muito importante garantir a qualidade da imagem captada pela câmera no mesmo, pois sempre ocorre degradação da imagem no processo de digitalização (efetuado pela placa de captura no micro, quando o sinal analógico é convertido em sinal digital).

Ainda que pequena, ela ocorre, porque sempre há alguma degradação no sinal de vídeo quando o mesmo atravessa qualquer circuito eletrônico, como o da placa de captura por exemplo. Além disso, o processo de compressão de dados efetuado junto com a digitalização também acarreta perda de qualidade, tanto maior quanto maior for a taxa de compressão utilizada.

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Editando para alterar a realidade geralmente - exceto no segmento profissional - está-se acostumado com a idéia de fazer edição de um conteúdo de vídeo para corrigir erros, normalmente cortando cenas que não ficaram boas. Mas a edição no micro trouxe a extrema facilidade de mudar o vídeo da mesma forma que os profissionais quando querem contar uma história. Assim, ao invés de simplesmente cortar o desnecessário, alterar a ordem de cenas, colocar cenas fora de seu contexto normal ou cortar cenas boas mas cujo corte produzirá uma alteração na percepção do expectador são dicas que permitem contar um mesmo relato de diversas formas diferentes.

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Film look, simulando devido a uma série de características (ver item 33 sobre "film look" na seção FAQ) a imagem de um filme difere da imagem de um vídeo. É possível fazer um vídeo que imite essas características, trabalhando principalmente na pós-produção. Programas de edição oferecem diversas opções de ferramentas que podem ser utilizadas para imitar o film look. Entre elas estão os filtros de efeitos, com nomes como "film movie", acrescentando "sujeiras" típicas de películas cinematográficas (riscos verticais intermitentes, pequenas manchas que aparecem e somem, poeiras distribuídas aleatoriamente, etc...). Ou filtros para tornar a imagem em cor sépia, em P&B, em cores desbotadas, etc...

Existem também funções, variando de programa para programa, que retiram um dos campos da imagem (campo par ou campo ímpar) e duplicam o campo remanescente, para com isso imitar a imagem "piscante" (flicker) dos filmes. A velocidade também pode ser ajustada, aproximando-se dos 24qps (embora o vídeo continue a ter os 30qps, apenas com o programa gerando quadros repetidos através de interpolação).

Existem outros ajustes, como os que atuam sobre as cores. A imagem dos filmes possui geralmente um tom mais avermelhado do que a do vídeo e este ajuste pode ser feito para simulação. Outro controle, o de saturação, também pode ser utilizado: a imagem dos filmes possui normalmente cores mais saturadas do que a imagem dos vídeos. Finalmente, existem diversos plug-ins especializados em "envelhecer" / "sujar" a imagem de um vídeo e modificá-la fazendo com que se pareça com a dos filmes antigos. E outros, especializados em simular o "film look". Todos esses filtros e funções podem ter seus parâmetros ajustados para mais ou para menos, de forma a controlar a intensidade de cada um dos efeitos em particular.

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Flashs repentinos no material editado um breve piscar aparece no material editado, muito rápido mas o suficiente para ser percebido pelos olhos. A dica é verificar cuidadosamente os pontos de união dos trechos de vídeo editados na timeline. Como os quadros de imagem ali existentes podem ser exibidos com maior ou menor valor de zoom, uma junção que parece correta à primeira vista pode esconder um "espaço" entre os quadros de um segmento e outro. Mesmo que haja ali um ou poucos quadros "estranhos", serão o suficiente para criar o defeito que surge ao se realizar play no conteúdo editado.

HDs ATA (ou IDE) x SCSI tecnologia SCSI eram apropriados durante algum tempo somente HDs com para edição de vídeo, por oferecerem a velocidade de rotação e taxa de transferência de dados requerida; os HDs do tipo ATA (ou IDE), muito mais comuns do que os do tipo SCSI, não apresentavam estas características. No entanto, com o passar dos anos, os HDs ATA evoluíram, ganharam velocidade e maior capacidade de transferência, passando a competir com os SCSI em aplicações de edição de vídeo. Os HDs SCSI ainda custam mais do que os ATA, mas, ao contrário destes, oferecem algumas vantagens adicionais, como não depender tanto do processador da CPU para efetuar transferência de dados como os ATA dependem e serem mais fáceis de instalar e configurar.

HD separado em um micro dedicado à edição de vídeo, o ideal é possuir-se dois HDs separados: um deles para os programas e o sistema operacional e o outro somente para armazenar os vídeos a serem editados ou em processo de edição. O trabalho com HDs separados, mesmo que um deles seja externo, possui várias vantagens. O sinal de vídeo ocupa muito espaço e ter o sistema operacional / programas livres dessa competição melhora a performance geral do micro. A desfragmentação periódica do disco leva menos tempo: só é necessário desfragmentar o disco de dados, não o sistema inteiro. Se o disco for externo, fica fácil transportar os dados de um micro a outro. Permite o uso da formatação do disco de dados, ao invés da desfragmentação. E permite ainda, se houverem vários HDs externos, o uso de HDs diferentes por projeto.

HD separado: cálculo de espaço quando se trabalha com HDs separados na estação de edição, um para o sistema operacional e programas e outro só para armazenar os vídeos a serem editados ou em processo de edição, uma dúvida comum pode ser o cálculo aproximado de quanto espaço este HD separado deva ter. Para tanto, alguns fatores podem ser levados em conta. Na captura de conteúdo no formato Mini-DV para o micro, em ".avi", cada 5 minutos de vídeo ocupa em média pouco mais de 1Gb de espaço em disco. Assim, pode-se considerar 14Gb para 1 hora de conteúdo. No entanto, este espaço é o mínimo requerido e, para um conteúdo com essa duração, deve-se reservar mais espaço em disco, para criação de trechos a serem extraídos desse conteúdo para trabalho em separado, para armazenar versões renderizadas (uma hora de conteúdo MPEG2 para gravação em DVD pode ocupar até 5Gb), para poder capturar materiais adicionais enquanto está sendo feita a edição do primeiro e outras situações parecidas.

No exemplo acima, ao invés de 14Gb, três ou quatro vezes mais é um valor que pode ser escolhido para se trabalhar com maior folga. Por outro lado, a regra principal sempre deverá ser o tipo de trabalho a ser feito, ou seja, se ao invés da expectativa de trabalhos de 1 hora de duração este tempo for bem menor, ou for maior, os cálculos acima devem ser adaptados para acompanhar o dimensionamento de espaço requerido.

HDs de tipos diferentes o ideal, ao acrescentar HDs adicionais a uma estação de edição, é eles sejam do mesmo tipo do já existente, ou seja, todos IDE ou todos SCSI. Cada tipo normalmente trabalha com padrões próprios de cabeamento e especificações técnicas eletrônicas / elétricas que podem, em algumas situações, acarretar problemas para o bom funcionamento da máquina como um todo.

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Imitando projeção de filmes 8mm / Super-8 mm pequenos saltos na imagem, decorrentes de breves interrupções na filmagem com câmeras 8mm / Super-8 mm eram comuns nas projeções desses filmes. Esse aspecto visual pode ser imitado na edição, ao fazer-se dois cortes secos na timeline, isolando assim alguns quadros da imagem (por exemplo 10 quadros). A seguir, excluir esses quadros isolados e unir novamente as pontas do conteúdo de vídeo. O salto na ação aparecerá. O efeito deve ser repetido algumas poucas vezes durante o filme editado (de trechos em trechos).

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ken burns:

Dando vida a imagens estáticas o vídeo feito com imagens estáticas, como fotos gravadas com uma câmera ou capturadas e levadas diretamente para um programa de edição, não tem necessariamente que ser uma sequência de imagens imóveis, uma após a outra. As imagens podem ganhar vida se o movimento vier de fora delas, já que não pode vir de dentro. Estamos falando de mover a câmera sobre a foto, o que em edição no micro consegue-se através não da movimentação da câmera e sim do deslocamento da janela de visualização sobre a imagem, para a esquerda, para a direita, acima e abaixo.

E também com um movimento de aproximação ou afastamento, com o zoom. A combinação desses movimentos simples (incluindo aí um não citado movimento em diagonal), isolados ou em conjunto (zoom + deslocamento por exemplo) dá vida a uma imagem estática, permitindo fazer com que ela "renda" um tempo bem maior sobre a tela do que se o enquadramento sobre a mesma fosse estático. O nome do efeito (Ken Burns) deriva do grande número de fotos estáticas utilizado nos documentários produzidos por Ken. Em alguns softwares, o efeito pode receber nomes diferentes, como Image Pan por exemplo, mas o resultado é o mesmo.

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Ligando cabos na placa de edição de vídeo uma das causas eventuais da queima de placas de edição de vídeo é a eletricidade estática acumulada nos dispositivos a serem conectados. E uma das maneiras de reduzir este risco é através da sequência correta de ligação dos cabos: com os cabos à mão, ligar inicialmente os plugs de áudio e vídeo nos conectores da placa, no micro. A seguir, ligar os plugs da outra ponta na câmera ou outro dispositivo a ser utilizado.

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Linha de ação ao enquadrar uma cena em que pessoas estejam caminhando em determinada direção, deve-se ter o cuidado de não cruzar com a câmera a linha de ação. Esta linha é uma linha imaginária que segue o trajeto percorrido pela pessoa. Se a câmera está situada do lado esquerdo da pessoa por exemplo, a mesma aparecerá na imagem caminhando do lado direito da tela para o lado esquerdo. Se a seguir for editada outra tomada da mesma cena, porém com a câmera situada do outro lado da pessoa (ou seja, do outro lado da linha de ação), a pessoa aparecerá na tela caminhando do lado esquerdo para o direito. Embora a pessoa não tenha alterado o seu trajeto, para o expectador ela parecerá estar 'voltando'.

Assim, deve-se sempre ter o cuidado de não juntar imagens em que a câmera tenha cruzado a referida linha e, se isto for absolutamente necessário, a falsa sensação de retorno pode ser diluída na mente do expectador se as duas cenas forem intercaladas com uma cena neutra (cutaway).

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Quatro características básicas para um HD ser usado em edição de vídeo 1) capacidade: quanto mais, melhor. Vídeo ocupa muito espaço no disco - dependendo da qualidade armazenada, 10 minutos podem chegar a ocupar 1 Gb de espaço. 2) throughput (pronuncia-se 'truput'): é a velocidade com que o HD consegue ler e gravar informações. É expressa através da menor taxa de transferência de dados constante que o HD consegue sustentar (sustained data transfer rate), sendo que esta taxa deve ser de pelo menos 3 Mb/seg - o ideal é 5 Mb/seg. 3) tempo de acesso: é a velocidade com que o HD consegue localizar a posição específica dentro do mesmo onde os dados serão lidos ou gravados. Na escolha entre dois HDs, quanto menor este tempo (que pode tornar mais ou menos demorada a rendição de efeitos e transições p.ex.), melhor. 4) r.p.m. (revolutions per minute), é a velocidade de rotação do disco. Para edição de vídeo, pelo menos 7.200 rpm é o recomendado.

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Reaproveitar a mesma cena em um mesmo clipe em diversas situações é correto lançar mão deste recurso: repetir o mesmo trecho de determinada gravação em um ponto mais adiante de uma fita. Como por exemplo intercalar a cena de alguém desesperado olhando a todo momento para o relógio de pulso, alguém dormindo, alguém olhando atentamente para a câmera (como se estivesse ouvindo alguém contar algo), etc... : dificilmente a audiência perceberá a repetição, principalmente se forem cenas breves.

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Uma melhoria nesta técnica é repetir só o 'meio' da cena e, na primeira vez, mostrá-la desde o seu início até o meio, na segunda repetir o meio e mostrar o final. Este truque é muito utilizado em cinema e TV, quando se quer aumentar o suspense, fazendo por exemplo com que um carro em rota de colisão com a câmera apareça em imagens intercaladas com um close de alguém parado no meio da rua, porém a cada vez a imagem tem início em um ponto anterior ao já mostrado. Ou alguém descendo uma escada: em uma das cenas, os degraus de no. 6 ao no. 9, na seguinte, um close do rosto da pessoa descendo, na seguinte, os degraus de no. 8 ao no. 11 sendo descidos, ou seja, há uma sobreposição que aumenta o suspense tornando a conclusão da cena mais demorada. A audiência 'esqueçe' o exato ponto (degrau) onde a cena anterior parou, vítima da ansiedade causada pelo suspense.

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No exemplo da escada, uma opção é efetuar alterações no enquadramento, onde um plano médio na segunda repetição pode até mesmo excluir os degraus da imagem. Outras idéias: mudar a velocidade (câmera lenta) de uma cena para sua repetição, reverter a imagem (pessoa caminhando da esquerda para a direita, inverter para a esqaerda - neste caso prestar atenção à eventuais letreiros ao fundo que podem denunciar o truque), efetuar zoom in, alterar o balanço de cores, etc...

Sincronização simples

de mais de uma câmera em um evento em que serão utilizadas mais de uma câmera e a gravação será feita na fita existente em cada câmera (ao invés de em um gravador externo) é possível de maneira bem simples sincronizar as gravações, facilitando o trabalho posterior de edição. Basta apontar as câmeras, ligadas e gravando, para um mesmo local onde é disparado um flash comum utilizado em fotografia (a gravação nas câmeras não pode ser interrompida a partir deste momento). Na edição, com o avanço / retrocesso quadro a quadro será possível sincronizar com precisão as fitas através do clarão do flash disparado.

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O micro destinado a edição de vídeo deve, se possível, ser utilizado somente com esta finalidade; a instalação / desinstalação e uso de outros softwares (editores, Internet, etc...) pode causar conflitos / interferências no funcionamento correto da configuração de edição.

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pause/rec

quando várias cenas em sequência são gravadas utilizando "pause/rec", pode-se observar no momento da edição a falta de alguns quadros (correspondentes a 1 a 2 segundos de gravação) que não foram gravados após ter sido acionada a tecla "rec". Na realidade, ao ser acionada a tecla "pause" a câmera efetua um ligeiro 'backspace', retornando a fita alguns quadros para trás e permanecendo em standy by neste ponto. Ao ser acionada a tecla "rec" a câmera recomeça a girar a fita a partir deste ponto (localizado 1 a 2 segundos atrás do ponto de interrupção) porém sem gravar nada (daí a perda de quadros referida acima). Somente após atingir o ponto de interrupção é que a gravação tem início.

Esta operação, conhecida como pre-roll, tem a função de evitar distúrbios na imagem causados por desajustes nos pulsos de controle gravados na fita (control-track). Ao retroceder um pouco para retomar o avanço da fita, a câmera age como um corredor que tem que passar por determinada marca no chão a uma certa velocidade, e retrocede para obter o 'embalo' e controle de velocidade necessário. Na realidade ao retroceder, além de garantir a velocidade correta da fita no ponto de reinício a câmera também relê os pulsos da control-track para recuperar o sincronismo dos pulsos de controle que serão gravados a partir desse ponto. Assim, a dica é lembrar que a retomada da gravação nunca será instantânea a partir do momento em que "rec" é acionado, tomando-se o cuidado de acioná-lo alguns segundos antes do início de cada cena.

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posicionando logos na tela

No momento de posicionar logos na tela, uma dica é seguir o procedimento usado pelos grandes estúdios de TV: o melhor local é nos cantos da tela. Estamos acostumados a ler da esquerda para a direita e de cima para baixo. Devido a este costume, nossos cérebros fazem o mesmo: "lêem" a tela também da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim, o que está no canto inferior direito da tela é a última coisa a ser vista. E o que está no canto superior esquerdo a primeira. A dica é utilizar estes cantos e também os demais para posicionar logos, evitando locais fora dos mesmos, tanto nas linhas horizontais superiores quanto nas verticais das laterais do quadro da imagem. O logo, apesar de colocado nos cantos não chamar tanta a atenção - e com isso não competir com a imagem principal - ficará no entanto gravado na memória do expectador.

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Ufa...Por hora é isso... Logo, coloco mais!